Ministros do STF não confirmam presença no desfile de Sete de Setembro

[Editada por: Marcelo Negreiros]

Nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou oficialmente até a tarde de sábado, 6, presença na área reservada para autoridades no desfile de Sete de Setembro, em Brasília. O evento será realizado na Esplanada dos Ministérios, como ocorre todo ano, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros integrantes do governo federal.

No desfile do ano passado, seis dos onze ministros do tribunal participaram da cerimônia oficial do aniversário de 202 anos da Independência ao lado de Lula. Estiveram no local o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cristiano Zanin.

Barroso não vai ao desfile porque está em viagem para representar o tribunal em evento no exterior. Os demais ministros não confirmaram presença nas comemorações do Sete de Setembro, mas ainda podem fazer isso até domingo.

Há previsão de manifestações em Brasília e em outras cidades organizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A principal bandeira dos protestos é a aprovação da anistia pelo Congresso Nacional e críticas ao STF pelo julgamento do ex-presidente e outros acusados de planejarem um golpe de Estado.

Também foram anunciadas manifestações nas ruas em defesa da punição de quem participou da trama golpista.

O julgamento começou no dia 2 e tem previsão para ser encerrado na sexta-feira, 12. A tendência é de que os réus sejam condenados e punidos pela Primeira Turma do STF.

Pouco antes do início do julgamento, o STF reforçou a segurança do tribunal e dos arredores com foco também no Sete de Setembro. O esquema será mantido até o dia 29, quando Fachin tomará posse na presidência da Corte. Além de grades extras para proteger o Supremo, foram convocadas equipes de segurança de outros tribunais para atuarem no local

Pronunciamento em cadeia nacional

Lula fará pronunciamento em rede nacional de rádio e TV neste sábado em comemoração à Independência. Como o Estadão antecipou, o presidente deve criticar “traidores da pátria” e ressaltar que o Brasil deixou de ser colônia há mais de duzentos anos.

O discurso será um recado ao presidente dos EUA, Donald Trump, e ao deputado Eduardo Bolsonaro. O filho do ex-presidente está nos EUA para influenciar autoridades americanas a impor medidas contra o Brasil, em represália ao julgamento contra os acusados de tramarem um golpe. Além de baixar tarifas de 50% a produtos brasileiros, o governo Trump puniu ministros do STF com base na Lei Magnitsky.

[Por: Estadão Conteúdo]

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