Moraes decreta prisão preventiva de Alexandre Ramagem
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), nesta quarta-feira (19). Ramagem, que já ocupou o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi condenado a 16 anos de prisão na Ação Penal nº 2668, núcleo 1, por sua suposta participação no planejamento de um golpe de Estado no Brasil, que teria ocorrido entre o final de 2022 e o início de 2023, culminando nos eventos de 8 de janeiro.
A decisão, que já foi encaminhada à Polícia Federal, conforme noticiado pela Globo News, CNN Brasil e portal Metrópoles, adiciona uma nova camada de complexidade ao caso. Informações preliminares sugerem que Ramagem poderia estar nos Estados Unidos, levantando suspeitas sobre uma possível tentativa de fuga.
Suspeitas de fuga e pedido do PSOL
De acordo com reportagens, Alexandre Ramagem estaria nos Estados Unidos. A Câmara dos Deputados já informou que o parlamentar não possuía autorização para deixar o país em missão oficial. Diante desse cenário, o PSOL solicitou ao STF a prisão de Ramagem, alegando que o deputado estaria tentando evadir-se da justiça ao supostamente se dirigir aos EUA. A Polícia Federal estaria investigando a rota utilizada por Ramagem para sair do Brasil, embora não haja confirmação se a prisão preventiva está diretamente ligada a essa suposta fuga, uma vez que os detalhes da decisão de Moraes estão sob sigilo.
A PF investiga a possibilidade de Ramagem ter deixado o país por uma fronteira terrestre. Atualmente, o deputado se encontra com status de “em exercício” nos sistemas da Câmara, tendo apresentado atestados e participado de atividades remotamente. Antes da decretação da prisão preventiva, Ramagem não era considerado foragido, pois não havia uma sentença transitada em julgado contra ele.
Outras figuras sob investigação e o caso “Abin paralela”
Além de Alexandre Ramagem, o PSOL também pediu a prisão de outras personalidades, incluindo o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, o general Augusto Heleno, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. O partido argumenta que há relatos na imprensa detalhando viagens internacionais desses indivíduos, o que representaria um risco de frustração da aplicação da lei penal. Alexandre de Moraes ainda não se pronunciou sobre este pedido específico. O PSOL citou o caso da deputada Carla Zambelli como exemplo de supostos fugitivos.
Alexandre Ramagem é acusado de coordenar um suposto esquema de monitoramento paralelo de autoridades públicas, conhecido como “Abin paralela”. A Gazeta do Povo buscou contato com o gabinete do deputado para obter um posicionamento e aguarda retorno.
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