O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta quarta-feira (17/9), os pedidos das defesas do general Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo e manteve os militares em prisão preventiva.
Os dois “kids pretos” (da tropa de elite do Exército) são réus na ação penal que investiga uma tentativa de golpe contra a vitória eleitoral de Lula em 2022.
No pedido feito ao STF no começo de setembro, a defesa de Mário Fernandes solocitou que fosse concedido a prisão domiciliar ao militar. Um dos argumentos da defesa foi o benefício da domiciliar concedido ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada no Inquérito 4995—que apura obtrução— e não na ação penal do golpe.
Mario está preso desde novembro de 2024 e é réu na ação penal que investiga uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. Fernandes atuou na Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Bolsonaro. Ele foi preso em 19 de novembro de 2024, no âmbito da Operação Contragolpe, investigação que evidenciou a existência de um suposto grupo que teria articulado o sequestro e a morte de autoridades no fim de 2022.
“Panefone”
Azevedo, um dos integrantes do grupo conhecido como “kids pretos” e envolvido no plano para tentar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está preso em Brasília e foi detido em uma operação da Polícia Federal (PF) em novembro do ano passado. Em dezembro, a irmã do militar tentou entrar na prisão com um fone de ouvido e um cabo USB escondidos dentro de uma caixa de panetone.
O “kid preto” está preso nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB) desde novembro e teve as visitações suspensas após a irmã dele levar equipamentos eletrônicos escondidos em uma caixa de panetone como presente.
Em 28 de dezembro, a irmã do tenente-coronel tentou entrar no batalhão do Exército com uma caixa de panetone. Porém, ao passar pelo detector de metais, durante verificação de itens, o alarme foi acionado.
Nesse momento, o Pelotão de Investigações Criminais (PIC) questionou Dhebora Bezerra de Azevedo sobre o que havia na caixa. Ela, então, disse haver um fone de ouvido.
[Metrópoles]
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