[Editado por: Marcelo Negreiros]
Deslocamentos aéreos do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), tiveram como destino eventos com empresários e representantes do mercado financeiro entre abril e julho deste ano.
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No período, o parlamentar utilizou aeronaves oficiais em sete ocasiões. As agendas ocorreram principalmente em São Paulo, além de viagens para Nova York, nos EUA, e Lisboa, em Portugal.
Nos compromissos em SP, Motta participou de reuniões com entidades como Esfera Brasil, Banco Safra e Associação Comercial de São Paulo. Além disso, integrou seminários promovidos pelos jornais Valor Econômico, O Globo e pela rádio CBN. As informações constam em levantamento do portal UOL, com base em dados da FAB.
Participação de Motta em eventos empresariais e políticos


Na agenda do dia 19 de maio, Motta esteve em São Paulo reunido com CEOs de bancos que integram o conselho diretor da Febraban e com membros da Confederação Nacional das Instituições Financeiras. No mesmo dia, almoçou com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo e compareceu à conferência do Centro de Debate de Políticas Públicas.
Em outra visita à capital paulista, o presidente da Câmara marcou presença em um encontro na residência de João Doria, ex-governador e líder do grupo Lide, ao lado de cerca de 50 empresários e nomes da política.
Também em maio, o deputado participou de evento com empresários em Nova York. Já em julho, esteve em Lisboa, para o Fórum Jurídico organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, conhecido como “Gilmarpalooza”. O encontro reúne setores empresariais, jurídicos e autoridades de Brasília.
Transparência e regulamentação dos voos oficiais


De acordo com os registros, Motta viajou acompanhado por até 12 pessoas. A Força Aérea detalhou apenas o nome da autoridade solicitante, o número de passageiros, cidades de embarque e desembarque, horários de voo, sem revelar a identidade dos acompanhantes.
A FAB informou que a responsabilidade pela divulgação da lista de passageiros cabe à autoridade que solicita o voo. O uso de aviões da Força por autoridades é regulamentado por decreto, atualizado em 2020, que permite o acesso a vice-presidente, presidentes do Senado, Câmara e STF, ministros de Estado e comandantes militares.
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A permissão abrange situações de emergência médica, segurança e viagens a serviço, mas há registros de uso para eventos fora da função oficial, muitas vezes não listados nas agendas públicas. A divulgação dos passageiros é uma prerrogativa do solicitante.
[Oeste]
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