Netanyahu se reúne com ministro dos Emirados Árabes

[Editado por: Marcelo Negreiros]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah bin Zayed, em encontro em paralelo à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na sexta-feira 26.

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Durante a conversa, bin Zayed enfatizou a urgência de um cessar-fogo em Gaza, ao alertar para a necessidade de “encerrar a guerra em Gaza, alcançar um cessar-fogo duradouro, evitar novas perdas de vidas e pôr fim às condições trágicas enfrentadas pelos civis”. Ele também reafirmou o apoio dos Emirados a todos os esforços internacionais para a libertação de “todos os reféns e detidos”.

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O encontro representou o primeiro contato público de Netanyahu com um alto funcionário do Golfo desde o ataque israelense a líderes do Hamas no Catar, em 9 de setembro, ação que provocou protestos em Abu Dhabi.

Participaram também o embaixador dos Emirados em Israel, Mohammed Mahmoud Al-Khaja, e a enviada especial Lana Zaki Nusseibeh, diplomata de alto escalão dos Emirados Árabes responsável por questões estratégicas e relações exteriores, incluindo o diálogo com Israel.

Segundo Anwar Gargash, assessor diplomático do presidente dos Emirados, bin Zayed comunicou a Netanyahu “a posição decisiva dos Emirados, encerrando o capítulo sobre a anexação israelense de terras palestinas”.

Fontes locais indicaram que ele advertiu sobre os riscos de anexação na Cisjordânia e destacou que os Acordos de Abraão, firmados em 2020 sob mediação de Donald Trump, são “uma pedra angular para um futuro melhor na região”.

Postura dos Emirados Árabes nas conversas com Israel

O plano de Trump para encerrar o conflito, segundo o The Times of Israel, prevê a libertação de centenas de prisioneiros palestinos e a devolução dos 48 reféns ainda em poder de grupos terroristas em troca de prisioneiros e corpos palestinos.

Até o momento, 26 desses reféns foram confirmados mortos pelo Exército de Israel, vinte são considerados vivos e há sérias preocupações sobre outros dois.

Leia mais: “Trump vai apresentar a Netanyahu plano para fim imediato da guerra em Gaza”

Netanyahu ainda não se pronunciou oficialmente sobre a reunião. Em discurso à Assembleia Geral, rejeitou o reconhecimento de um Estado palestino e criticou países ocidentais, como Reino Unido, França e Canadá, acusando-os de recompensar o ataque do Hamas em outubro de 2023, que iniciou a guerra em Gaza.

Lana reiterou que qualquer tentativa de anexação seria uma “linha vermelha” e poderia “encerrar a visão de integração regional”. Israel espera que os Emirados desempenhem papel relevante na administração de Gaza depois do fim do conflito.

[Oeste]

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