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No dia mundial sem tabaco, pneumologista comenta situação

Por: Dr. Ygor Marcelo Negreiros*

O consumo de tabaco acarreta sérios prejuízos à saúde humana, à economia e ao meio ambiente. Fumar cigarros, charutos ou utilizar qualquer outro derivado do tabaco expõe o corpo a mais de sete mil substâncias químicas, sendo centenas delas tóxicas e, no mínimo, 70 comprovadamente cancerígenas. Entre os principais males causados pelo tabagismo estão o câncer de pulmão, enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), além de problemas bucais e no sistema digestivo.

Os impactos vão além do indivíduo que fuma. O tabagismo representa um peso significativo para os sistemas públicos de saúde, com altos custos no tratamento de doenças relacionadas ao vício. Esses custos são arcados por toda a sociedade, por meio de impostos, enquanto os não fumantes também sofrem com os efeitos do tabagismo passivo, ao inalar a fumaça tóxica liberada no ambiente.

No aspecto ambiental, a cadeia produtiva do tabaco é igualmente nociva. O cultivo da planta exige grandes quantidades de agrotóxicos, provoca desmatamentos e degrada o solo. Já o descarte inadequado de bitucas de cigarro — um dos resíduos mais encontrados nas ruas, rios e praias — contribui para a poluição, demorando anos para se decompor e liberando substâncias tóxicas no meio ambiente.

Nos últimos anos, um novo vilão tem ganhado espaço: os dispositivos eletrônicos para fumar. Vendidos como alternativas “menos nocivas”, esses aparelhos escondem os mesmos interesses da indústria do tabaco e atingem principalmente o público jovem. Com aparência moderna e marketing sedutor, funcionam como um “lobo em pele de cordeiro”, atraindo novos consumidores e provocando prejuízos semelhantes à saúde, incluindo dependência e doenças respiratórias.

Diante de todos esses danos, é evidente que o tabaco representa uma grave ameaça à saúde pública e ao equilíbrio ambiental. É essencial investir em campanhas educativas, oferecer suporte para quem deseja abandonar o vício e adotar políticas rigorosas que limitem o acesso e o apelo desses produtos. Deixar o tabaco é um passo decisivo para uma vida mais saudável e para um futuro mais sustentável.

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  • -Médico Pneumologista pela Universidade de Brasília(UnB)
  • -Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal da Paraíba(UFPB)
  • -Médico assistente do Departamento de Pneumologia e Tisiologia do HRG-SESDF

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