Nosso mundo material – Estadão

Mas existem outras marcas, muitas delas praticamente desconhecidas do grande público e fundamentais para manter a economia moderna funcionando: marcas que permitem que os nomes acima possam transformar em realidade seus projetos e produtos. Nomes como CATL, CNSIC, Vale, Codelco, Wacker, Baowu, ArcelorMittal, Shagang, TSMC e ASML. O que todas têm em comum é justamente sua estreita relação com o mundo dos materiais e dos átomos — não dos bits e dos apps.

Em seu livro de Material World: The Six Raw Materials That Shape Modern Civilization (2023) — em português, algo como “Mundo material: as seis matérias-primas que moldam a civilização moderna” — Ed Conway, colunista do jornal britânico The Times, destaca seis materiais sem os quais a sociedade moderna simplesmente não existiria: areia, sal, ferro, cobre, petróleo e lítio. Ele observa que, apenas em 2019, “extraímos, escavamos e explodimos mais materiais da superfície da Terra do que a soma total de tudo o que extraímos desde o início da humanidade até 1950.”

Por que esses seis materiais em particular? Razões não faltam: da areia, composta principalmente por dióxido de silício, fazemos o vidro – uma tecnologia de propósito geral – , as fibras óticas e os microprocessadores (graças à semicondutividade do silício). Misturando-a com o cimento, fazemos o concreto, um dos materiais de construção mais importantes do mundo. O sal, além de ter sido uma moeda de troca em civilizações antigas (originando, inclusive, a palavra salário e estabelecendo as origens do sistema capitalista) tem no sódio um de seus componentes, fundamental para nossa saúde, equilibrando fluidos corporais e funções nervosas e musculares.

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