O que se sabe sobre queda e morte de menina de 11 anos em cânion no RS

Uma menina de 11 anos, que não teve a identidade revelada, morreu após cair de uma altura de cerca de 70 metros no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, na serra gaúcha. O acidente aconteceu por volta das 13h30 dessa quinta-feira (10/7) e mobilizou uma grande operação de resgate, que durou aproximadamente 10 horas.

O corpo da criança foi localizado à noite, às 22h55, já sem vida, em um ponto de difícil acesso.

A vítima estava no local acompanhada dos pais, que são turistas de Curitiba, no Paraná. De acordo com o secretário de Turismo de Cambará do Sul, Andrews Mohr, a família estava no alto do mirante do cânion quando o acidente ocorreu.

5 imagensA menina, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), estava em um passeio com os pais na Trilha do MiranteO acidente ocorreu às 13h e a criança foi localizada por meio de um drone com câmera térmica por volta das 17h30Cânion Fortaleza, Município de Cambará do Sul, Estado do Rio Grande do SulO local do acidente é situado dentro do Parque Nacional da Serra Geral, e possui cerca de 7,5 quilômetros de extensãoFechar modal.1 de 5

A criança ficou cerca de 10 horas no local da queda

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A menina, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), estava em um passeio com os pais na Trilha do Mirante

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O acidente ocorreu às 13h e a criança foi localizada por meio de um drone com câmera térmica por volta das 17h30

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Cânion Fortaleza, Município de Cambará do Sul, Estado do Rio Grande do Sul

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O local do acidente é situado dentro do Parque Nacional da Serra Geral, e possui cerca de 7,5 quilômetros de extensão

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Segundo ele, o grupo se dirigia a um banco próximo quando a menina, que tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA), saiu correndo em direção à borda. O pai tentou alcançá-la, mas não conseguiu evitar a queda. O local onde o acidente ocorreu não possui cercas de proteção.

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Resgate mobilizou grande equipe

O chamado de socorro foi feito no início da tarde. O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul foi acionado, e equipes dos pelotões de Canela e Gramado foram deslocadas imediatamente para o cânion.

Também foram mobilizadas equipes especializadas do Batalhão de Busca e Salvamento de Porto Alegre e o Batalhão de Aviação da Brigada Militar, além do apoio da equipe local do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atua no parque.

Com o tempo instável e a presença de neblina, as aeronaves de resgate não conseguiram operar com segurança. Por isso, o trabalho precisou ser feito por meio de técnicas de escalada e acesso por cordas.

 

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Às 17h30, com a ajuda de um drone do Corpo de Bombeiros, a vítima foi achada em um ponto do paredão, cerca de 70 metros abaixo do local da queda. Em seguida, as equipes iniciaram a montagem de equipamentos para descer até o corpo da criança. A operação seguiu noite adentro.

Por volta das 23h, os bombeiros conseguiram alcançar a menina, mas ela já estava morta. Logo depois, foi iniciado o processo de retirada do corpo do local, e a área foi deixada sob responsabilidade da Polícia Civil e do Instituto Geral de Perícias (IGP), que assumiram os procedimentos legais.

Veja nota de pesar do Corpo de Bombeiros:

Saiba como é o local onde criança caiu

O Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, é um dos destinos mais procurados por quem busca trilhas e paisagens de tirar o fôlego. Foi nesse cenário, no alto da Trilha do Mirante, que a menina de 11 anos caiu.

Situado dentro do Parque Nacional da Serra Geral, o cânion possui cerca de 7,5 quilômetros de extensão, 2 mil metros de largura e mais de mil metros de altitude em relação ao nível do mar. Suas enormes paredes de pedra, que lembram muralhas, explicam o nome “Fortaleza”.

O acesso ao local é feito pela rodovia CS-012, no km 22, e as trilhas disponíveis são autoguiadas, ou seja, não exigem acompanhamento de guias. Placas informativas ajudam na orientação e alertam para cuidados durante a visita.

Mesmo com essa estrutura, a natureza acidentada da região exige atenção redobrada, principalmente em pontos como o mirante, onde não há proteção física contínua ao longo da borda.

Entre os percursos mais conhecidos estão:

  • Trilha do Mirante: oferece vista panorâmica de toda a extensão do cânion e da região costeira, incluindo a cidade de Torres e parte da planície de Santa Catarina;
  • Trilha Quebra-Cangalha: continua a partir do mirante, percorrendo a borda do cânion;
  • Trilha da Cachoeira do Tigre Preto: leva a uma queda d’água com cerca de 250 metros;
  • Trilha da Borda Sul: permite observar com amplitude as fendas e as vegetações típicas e conduz ao ponto mais alto do mirante.

[Metrópoles]

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