Onça-pintada é vista no Rio de Janeiro pela 1ª vez em 50 anos. Vídeo

Pela primeira vez em 50 anos, uma onça-pintada voltou a ser avistada no Rio de Janeiro. O animal, um macho adulto, vem sendo monitorado desde dezembro de 2024 em áreas do Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença. O último registro da espécie no Estado havia ocorrido nos anos 1970.

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O monitoramento do animal é realizado por câmeras do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Projeto Aventura Animal, parceiro do órgão.

“Estamos acompanhando e protegendo essa onça com monitoramento, equipes de pesquisa e fiscalização, além de ações para garantir a segurança da população”, afirmou o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, em comunicado publicado pelo Inea nesta segunda-feira (28/7). Ele destacou que a presença do felino é motivo de celebração, mas também exige responsabilidade.

Técnicos do Inea analisam imagens, além de rastros como pegadas e fezes deixadas pelo felino no parque. Os profissionais já identificaram a dieta da onça, composta por capivaras, catetos (porco-do-mato) e tapitis (coelho-do-mato). Até o momento, não há registros de ataques a animais domésticos ou de criação.”

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Aparição é resultado de políticas de preservação

Por ser uma espécie ameaçada de extinção, com menos de 300 indivíduos em toda a Mata Atlântica, a presença da onça no estado é vista como resultado direto de políticas de preservação. O Rio de Janeiro foi o único estado brasileiro a ampliar sua cobertura de vegetação nativa nos últimos 40 anos, passando de 30% para 32% entre 1985 e 2024. Esse crescimento pode ter favorecido a migração do animal para o território fluminense.

O governo estadual, em parceria com o ICMBio, planeja a captura provisória do felino para a instalação de um colar de monitoramento e realização de exames, a fim de detalhar seus hábitos e garantir sua preservação. A meta do estado é ampliar a cobertura de Mata Atlântica para 40% até 2050, com a restauração de 400 mil hectares e potencial de absorção de 159 milhões de toneladas de CO².

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Instituto Estadual do Ambiente (Inea)/Divulgação

As autoridades reforçam que moradores não devem tentar se aproximar ou atrair o animal, prática proibida e perigosa. A orientação é manter animais domésticos próximos às propriedades e evitar áreas de floresta ou bordas de mata à noite. A caça de animais silvestres continua sendo crime ambiental e a fiscalização será intensificada na região.

[Metrópoles]

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