[Editado por: Marcelo Negreiros]
O empate arrancado a fórceps contra o Inter Miami salvou o Palmeiras de um vexame histórico no Mundial de Clubes, mas deixou claro: o desempenho da equipe de Abel Ferreira na fase de grupos, apesar do bom rendimento contra o Porto, ficou bem abaixo do esperado.
E, pelo que mostrou até aqui, o Verdão não entra como favorito no duelo brasileiro contra o Botafogo.
Durante quase toda a partida da segunda-feira 23, o torcedor palmeirense teve motivos de sobra para se desesperar.
Diante de um time norte-americano mais conhecido pelos nomes no papel do que pelo rendimento em campo (e que parecia disputar um amistoso de pré-temporada), o Palmeiras foi surpreendentemente engolido em intensidade, criatividade e competitividade.
Perdia por 2 a 0, via a vaga balançar perigosamente e, por pouco, não precisou arrumar as malas para voltar mais cedo ao Brasil.
Só escapou porque Paulinho e Maurício, que vivem grande fase, chamaram a responsabilidade e buscaram o 2 a 2 nos minutos finais (e também pelo fato de o Porto ter negado fogo contra o Al Ahly).
Mas, se a classificação foi alcançada, o futebol apresentado foi para lá de insatisfatório.
O Botafogo é favorito contra o Palmeiras
Lento, burocrático e sem a tradicional imposição tática que marca o trabalho de Abel, o Palmeiras passou longe da equipe que encantou nos últimos anos.
E agora encara um Botafogo com moral elevada, que passou pelo PSG e mostrou que pode competir com qualquer um no torneio.
É verdade que, em mata-mata, o peso da camisa e a experiência contam.
Mas a verdade crua é que o Verdão ainda não justificou sua presença como um dos cabeças de chave.
Se quiser seguir sonhando com o título mundial, vai precisar mostrar muito mais do que demonstrou até aqui.
O tempo para ajustes é curto.
E o adversário, brasileiro como ele, conhece suas virtudes (e também seus defeitos).
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