[Editada por: Marcelo Negreiros]
Deputados da base governistas comemoram a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em Roma, na Itália, nesta terça-feira, 29. Membros do PT e do PSOL compartilharam memes em suas redes sociais para festejar o feito. O PL, por outro lado, mostrou solidariedade e acusou o Judiciário de “ruptura institucional”.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa pela Polícia Federal nesta terça-feira, 29. Foto: Reprodução/Youtube
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), escreveu em seu X (antigo Twitter): “Zambelli presa. Já já é o Jair (Bolsonaro). Cuidado, Eduardo (Bolsonaro)! Todos os que tramaram golpe contra a democracia terão um só um destino. Não tem chantagem alguma que vá mudar isso. Grande dia”.
A expressão “grande dia” faz alusão a uma publicação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quando o ex-deputado Jean Wyllys (PT) deixou o País, em 2019. A expressão, posteriormente, virou meme e é usada para celebrar reveses da direita.
Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP), ambos deputados federais, compartilharam memes para informar a prisão. Enquanto Boulos publicou um gif em que um homem solta fogos, Érika Hilton postou um vídeo em que várias pessoas comemoram. A deputada escreveu “a fugitiva e condenada a 10 anos de prisão Carla Zambelli acaba de ser PRESA na Itália”.
Do outro lado do espectro político, a direita lamentou a prisão de Zambelli. O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), publicou uma nota em que manifesta solidariedade à parlamentar.
“(A prisão) é a consequência direta de um País que tem negado a seus representantes eleitos o direito à liberdade, ao contraditório e à legítima defesa”, afirmou o deputado.
O líder do partido ainda criticou o Judiciário brasileiro. “Estamos testemunhando o avanço de um estado de exceção camuflado, onde o Judiciário concentra poderes que não lhe foram atribuídos pela Constituição. Julga, censura, legisla, investiga e pune”, escreveu.
Relembre a condenação
Carla Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e a perda do seu mandato por ser mentora intelectual da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, um mandato de prisão falso foi emitido para o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Após a sentença, Zambelli deixou o País e voou rumo à Itália, nação em que possui cidadania. O nome da deputada foi incluso na lista de difusão vermelha da Interpol por Alexandre de Moraes.
A deputada chegou a afirmar que seria “intocável” na Itália. Porém, seu paradeiro foi denunciado pelo parlamentar italiano Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, que pressionava o governo italiano para se manifestar sobre o caso da parlamentar bolsonarista.
[Por: Estadão Conteúdo]
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