Paulo Figueiredo diz que outros ministros podem sofrer Lei Magnitsky se não ‘soltarem mão’ de Moraes

[Editada por: Marcelo Negreiros]

Pouco antes do governo dos Estados Unidos punir o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a Lei Magnitsky, o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou em publicação no X (antigo Twitter) que ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pleitearam ao governo de Donald Trump que aplicasse a lei somente a Moraes.

Figueiredo disse que a estratégia da dupla é que o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, o decano Gilmar Mendes e os demais ministros também sejam punidos na sequência, mas somente em caso de não “soltarem a mão do tirano”, se referindo a Moraes.

“Caso continuem apoiando o pseudo-juiz, vamos adicionando dolorosamente novos nomes à lista. Assim, muito, muito em breve, estar associado ao Alexandre será uma das coisas mais nocivas que alguém pode fazer com a sua vida”, diz trecho da publicação.

Após o anúncio da sanção contra Moraes, o youtuber comemorou: “missão cumprida”.

Figueiredo e Eduardo estão envolvidos na guerra tarifária iniciada pelo presidente americano contra o Brasil, no início do mês, com o anúncio de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Na semana passada, ambos declararam que a possibilidade da imposição das tarifas foi apresentada a eles antes de ser anunciada por Trump.

O youtuber acrescenta ao final da nota que esse é apenas um pedido da dupla, mas que quem decide o que será imposto é Trump e o secretário de Estado americano, Marco Rubio. “E nós seremos eternamente gratos, de qualquer forma”, acrescentou.

Como mostrou o Estadão, Figueiredo deve se tornar réu por participação na trama golpista ainda neste semestre. Neto do general João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar, o youtuber é o único integrante do núcleo cinco da denúncia, que ainda não foi votada e transformada em ação penal na Corte.

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo Foto: Reprodução/X

Os vistos de Moraes e outros sete ministros da Corte já foram revogados por determinação de Trump no último dia 18. Todas as sanções do americano têm como objetivo declarado a suspensão da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo por golpe de Estado.

Em resposta às tentativas estrangeiras de ferir a soberania nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dado respostas no sentido de que o Brasil está aberto a negociar, mas não será subserviente.

Eduardo é alvo de um inquérito que investiga sua atuação contra autoridades brasileiras, pedido de exoneração do cargo público na Polícia Federal, e requerimentos para seu mandato ser cassado e seu salário suspenso. Moraes também determinou o bloqueio de suas contas bancárias, e as de sua mulher.

[Por: Estadão Conteúdo]

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