PF aponta atuação de Rodrigo Bacellar para manter vínculo com CV por ‘milhões de votos’

Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, sob mira da PF por suposta ligação com o Comando Vermelho

A Polícia Federal (PF) aponta o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, como peça central em uma suposta articulação para manter um vínculo com o Comando Vermelho (CV), visando garantir “milhões de votos” no estado. A informação surge a partir de decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a prisão de Bacellar. As investigações indicam “relevantes indícios de ações possivelmente coordenadas e estruturadas” com o objetivo de obstruir investigações sobre grupos criminosos violentos e suas conexões com agentes públicos.

Operação TH Joias e a teia de conexões

A investigação ganhou corpo com a operação que resultou na prisão de TH Joias, em 3 de setembro, sob acusações de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. TH Joias é apontado como suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho. Segundo a decisão de Moraes, TH Joias se referia a Bacellar como “01” e chegou a enviar fotos da PF após uma operação que teria vazado. Esses detalhes reforçam a hipótese de uma infiltração do crime organizado na política do Rio de Janeiro, um cenário que Moraes descreve como um “estado paralelo”.

O custo político e o futuro das investigações

As revelações sobre a atuação de Rodrigo Bacellar levantam questionamentos sobre a governabilidade e a estabilidade política no Rio de Janeiro. A hipótese de que um líder político de tamanha relevância estaria envolvido em esquemas para beneficiar facções criminosas em troca de apoio eleitoral é alarmante. A PF busca desarticular uma rede complexa que, segundo as apurações, visa interferir em investigações cruciais para a segurança pública.

Desdobramentos e o impacto na política fluminense

A atuação de Bacellar, que foi eleito presidente da Alerj com o apoio do governador Cláudio Castro, coloca em xeque a integridade das instituições. A PF trabalha para comprovar a extensão dessa suposta influência e o papel de Bacellar em facilitar ou manter laços com o CV, supostamente em troca de “milhões de votos”. O caso se desenrola em um contexto delicado para a política fluminense, com potenciais desdobramentos que podem abalar ainda mais a confiança pública nas autoridades.


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