Operação da PF desvenda suposta articulação para proteger facção criminosa no Rio de Janeiro.
Moraes aponta estratégia para garantir votos em 2026 através da Alerj.
A Polícia Federal (PF) encontrou mais de R$ 90 mil em dinheiro vivo no carro de Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que foi preso nesta quarta-feira (3). A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugere que manobras realizadas na Alerj, com o aval do governador Cláudio Castro, teriam como objetivo principal blindar o Comando Vermelho e garantir votos para as eleições de 2026.
Segundo a investigação, a exoneração de um parlamentar investigado, endossada por Castro, foi uma “célere manobra regimental”. O objetivo imediato seria um “controle de danos”, tirando o parlamentar do posto para desvincular a imagem da Alerj do caso “TH Joias”, que tinha o investigado como aliado e frequentador de eventos institucionais.
Ação para manter vínculo com facção e garantir eleitores.
No entanto, os investigadores apontam que a estratégia, classificada como uma “ação obstrutiva”, tinha um segundo objetivo: manter o vínculo de agentes políticos com o Comando Vermelho. A facção é apontada como responsável pelo maior controle territorial no Estado do Rio de Janeiro, o que se traduz em milhões de votos para o pleito eleitoral que se aproxima. A PF busca assegurar a influência da facção no cenário eleitoral.
O ministro Moraes determinou que o governo do Rio forneça todas as informações de acesso aos sistemas oficiais sobre a tramitação de documentos referentes à exoneração de Picciani, incluindo horário, usuário responsável e logs de acesso. A Imprensa Oficial do Estado também foi notificada a fornecer dados sobre a criação de uma edição extraordinária do Diário Oficial.
Dinheiro vivo e investigações em curso.
A descoberta de mais de R$ 90 mil em dinheiro vivo no veículo de Rodrigo Bacellar adiciona mais um elemento à complexa teia de investigações. A relação entre o dinheiro, a Alerj, o governo estadual e a facção criminosa é o foco central da operação, que busca desarticular uma possível rede de proteção e influência política.
A investigação aponta para uma possível interferência direta na política fluminense, com o intuito de garantir a manutenção do poder através de alianças espúrias. A atuação do STF, através de Alexandre de Moraes, demonstra a seriedade com que o caso está sendo tratado, buscando restaurar a ordem e a legalidade no estado.
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