[Editado por: Marcelo Negreiros]
As cadernetas de poupança registraram saldo negativo de R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Banco Central. O resultado reflete saques maiores do que os depósitos em quatro dos seis primeiros meses do ano.
Este é o segundo pior desempenho da série histórica, iniciada em 1995, e marca o nono semestre consecutivo de perdas. O único resultado pior do que o atual foi o de 2023, quando a diferença entre retiradas e depósitos chegou a R$ 66,6 bilhões. Os dois períodos foram durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
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De janeiro a junho, o volume aplicado na poupança somou R$ 2 trilhões. No mesmo período, os saques totalizaram R$ 2,1 trilhões. Essa diferença representa uma saída líquida 1,6% maior que a do primeiro semestre de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 2,7 bilhões.
A poupança rende atualmente 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial, sempre que a Selic está acima de 8,5% ao ano. Com a taxa básica em 15%, o retorno da aplicação segue abaixo do de outros investimentos com liquidez e segurança similares.
Poupança: pequena recuperação em junho, mas resultado ainda é fraco
Em junho, depósitos superaram saques em R$ 2,1 bilhões, o melhor desempenho mensal de 2025. Ainda assim, o valor ficou 82,3% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024, quando a poupança recebeu R$ 12,7 bilhões. Entre janeiro e abril, a aplicação acumulou perdas de R$ 52,1 bilhões.
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Apesar dos saques, o saldo total da poupança permanece acima de R$ 1 trilhão. O volume fechou todos os meses deste ano acima desse patamar e terminou o semestre em R$ 1,019 trilhão.
[Oeste]
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