A política brasileira, mais uma vez, revela sua vocação ancestral: trair o povo em nome da conveniência. Quem ainda tem dúvidas basta observar os acontecimentos recentes. Na campanha, político é só sorrisos: beija criança suja, abraça velhinha, toma cachaça no bar da esquina. Mas basta passar a eleição e tudo muda. O telefone já não atende, o gabinete se fecha, o povo vira estorvo.
E agora, em pleno desgaste do governo Lula, com pesquisas em queda e denúncias de corrupção borbulhando, o Congresso se movimenta com um cinismo de dar inveja a qualquer roteirista de série política. O discurso da hora? Uma possível anistia aos presos do 8 de janeiro — não por compaixão, justiça ou revisão de pena, mas por puro cálculo eleitoral.
Políticos oportunistas já ensaiam falas emocionadas em defesa da “reconciliação nacional”, mas a verdade é simples: os presos se tornaram ferramenta de barganha, peça no jogo de poder. Fala-se até em anistiar todos… menos Bolsonaro, que seguiria respondendo a processos “por fora”, como moeda para manter o sistema em equilíbrio instável.
Enquanto isso, o Congresso segue ajoelhado diante do Judiciário. E com nomes como Hugo Motta e Davi Alcolumbre conduzindo negociações, não há surpresa no teatro montado em Brasília.
A política, no fundo, continua sendo o velho palco de sempre. Resta ao povo, especialmente aos eleitores de 2026, aprender que se existe a arte de trair, também deve existir a arte de cobrar. Nas urnas.
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