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Pressionado por todos os lados, Hugo Motta vira peça-chave em articulações entre Congresso, Lula e STF

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O jornalista Suetoni Souto Maior, em seu blog, fez uma análise da atual situação do deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara dos Deputados. Segundo Suetoni, “colocaram uma batata quente no colo de Hugo – e que batata quente!”.

O parlamentar, que vem desempenhando papel central nas articulações entre o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), terá uma conversa estratégica e reservada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um gesto que repete a iniciativa feita com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no início do mês. A manobra é vista como uma forma de baixar a temperatura política e buscar consenso diante de temas sensíveis.

A urgência da pauta aumentou após o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, protocolar um requerimento para acelerar a votação do projeto de anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O partido obteve 262 assinaturas válidas, cinco a mais que o necessário, colocando a decisão de pautar ou não o tema nas mãos de Hugo Motta e dos líderes da Casa.

Apesar da pressão, o deputado conta com um possível “salvo-conduto”: há mais de mil pedidos de urgência aguardando análise na Câmara, o que pode servir como argumento para adiar a discussão da proposta.

Nos bastidores, ministros do STF expressaram preocupação direta a Motta, inclusive com ligações enquanto ele ainda estava de férias no exterior, temendo que a anistia enfraqueça as punições aos envolvidos nos ataques às instituições.

De volta ao país, Hugo foi homenageado em evento político em Minas Gerais, onde evitou polêmicas e declarou: “O Brasil tem muitos desafios. Precisamos focar no que representa avanço: saúde, educação, segurança”.

Nos bastidores políticos paraibanos, entretanto, há quem diga que, ao se projetar nacionalmente e abordar temas tão espinhosos, Hugo “botou o C… na janela” – expressão popularizada por um grande amigo meu, para quem se expõe demais –, e agora terá que segurar a pressão dos próximos movimentos.

Marcelo Negreiros – mnegreiros.com

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