Produção de alimentos, afetada por condições climáticas, deve causar subida nos preços

A expectativa de muitos analistas é de que a inflação de alimentos vai subir. Mas a dúvida ainda é se as projeções atuais de analistas podem estar subestimadas. Basta ver o que já está ocorrendo com os preços agropecuários no atacado. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou de uma alta de 0,29%, em agosto, para 0,62% em setembro, pressionado justamente por reajustes de grãos, da carne e de outros produtos agropecuários.

Os preços de produtos agropecuários, no âmbito do IGP-M, deram um salto de 0,52%, em agosto, para 2,36% em setembro, levando a variação acumulada em 12 meses para 9,58%. A carne bovina subiu 4,07%, a suína registrou alta de 9,54%, enquanto o mamão disparou 27% e a laranja, 11%. “Seguimos monitorando os preços no atacado bastante de perto”, diz Leonardo Costa, economista do ASA. “Pressões ali podem, sim, se manifestar nos alimentos medidos pelo IPCA.”

Para Costa, o principal destaque dos próximos meses será a carne, com o preço no atacado subindo bastante nas últimas semanas e potencialmente afetando a inflação ao consumidor medida pelo IPCA. Segundo ele, parte desse efeito já apareceu no IPCA-15 de setembro, mas acabou ofuscado pela queda dos itens in natura.

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