[Editado por: Marcelo Negreiros]
Discussões internas no Partido dos Trabalhadores (PT) prometem intensificar o tom contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e contra o que o partido classifica como “ações golpistas da extrema direita”.
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Durante o encontro nacional previsto para o próximo final de semana, em Brasília, a legenda deve aprovar um texto que reflete esse posicionamento mais incisivo. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
A proposta em debate tem origem na corrente Construindo um Novo Brasil, que lidera o partido há duas décadas e saiu fortalecida da última eleição interna. O texto, divulgado em maio, passou por atualizações depois de episódios como o aumento do IOF, a defesa da taxação dos mais ricos e o agravamento da relação de Luiz Inácio Lula da Silva com Trump.
Avaliação do PT sobre cenário político


Alberto Cantalice, dirigente responsável pelas emendas, explicou que o partido precisou reavaliar o conteúdo diante dos fatos recentes. “De lá para cá o cenário mudou muito, a gente fez uma reavaliação, mas mantendo a espinha dorsal do texto”, afirmou Cantalice.
Na avaliação do dirigente, o avanço das políticas de Trump incentivou movimentos semelhantes no Brasil, sobretudo entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o PT, essa conjuntura exige uma postura mais dura na pré-campanha eleitoral, que deve ter Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à reeleição.
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Entre as prioridades do texto está a defesa da “taxação BBB” — referência da sigla a bilionários, bancos e apostas esportivas (bets). O tema, que ganhou destaque nas redes sociais do partido por meio de campanhas com inteligência artificial, tem o objetivo de reforçar a bandeira do que chamam de justiça tributária, especialmente sobre grandes fortunas.
Cantalice destacou que o documento manterá três eixos centrais: apoio ao governo Lula em temas internacionais, suporte à política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e busca de alianças pontuais com setores do centro, para enfrentar a direita. Correntes menores sugerem emendas que apontam críticas à economia e defendem alianças mais à esquerda, mas a expectativa é que sejam rejeitadas durante a votação.
[Oeste]
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