‘Quando eu for falar com Trump, vou levar Janja’, brinca Lula

[Editada por: Marcelo Negreiros]

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou, nesta segunda-feira, 29, que pretende levar a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, na conversa que deve ter com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A declaração durante discurso na abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em Brasília. Apesar do tom de brincadeira, a fala pode simbolizar um indicativo de que o presidente pretende falar com Trump presencialmente.

A participação de Janja em conversas com outros chefes de Estado foi alvo de questionamentos após vazamentos à imprensa críticos à sua participação em jantar com o presidente da China, Xi Jinping, em maio deste ano.

No evento, Lula disse que “a democracia não é apenas votar”, mas também “fiscalizar, propor e ajudar a fazer e cuidar” das ações e políticas públicas.

“Essas conferências são a primeira demonstração de que a democracia não é apenas votar, o povo precisa fiscalizar, propor e ajudar a fazer e cuidar das coisas que fazemos. Isso é o que simboliza a democracia”, disse durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.

Em seu discurso, Lula defendeu os direitos femininos. Criticou a forma como mulheres são silenciadas pelos homens na sociedade e disse que a conferência “é um grito contra o silêncio, pela liberdade de mulheres falarem o que quiserem”.

“Quantas vezes foram interrompidas ou caladas por homens que se julgam mais inteligentes, mais sábios e mais entendidos em qualquer assunto?”, questionou.

O presidente disse que o governo tem priorizado as mulheres nas políticas de inclusão social. “Mulheres são 84% dos beneficiários do Bolsa Família, 63% da população atendida pela Farmácia popular, 85% dos benefícios da linha subsidiada do MCMV, 65% dos estudantes do Prouni e 59% das matrículas em educação superior”, afirmou.

Lula também deu alguns recados políticos. Repetiu que o impeachment contra Dilma Rousseff foi um “golpe” e que foi uma “tentativa de calar milhões de vozes femininas”.

“Golpe contra a presidenta Dilma serviu não só para tirar a primeira mulher a governar esse País, mas tentativa de calar milhões de vozes femininas, porque o autoritarismo não só odeia, mas teme as mulheres”, afirmou.

Ao mesmo tempo, Lula citou a ex-prefeita de São Paulo, ex-ministra da Cultura e ex-senadora Marta Suplicy como um exemplo de defesa dos direitos das mulheres. Distanciada do PT em 2016, Marta votou pelo impeachment de Dilma e foi taxada de “golpista” durante anos, até se reaproximar do partido nos últimos anos.

Segundo Lula, Marta “desafiou o conservadorismo ao levar a sexualidade feminina para a TV no final dos anos 1970” e “fez uma revolução na política de costumes desse país, levando o debate da mulherada para a televisão ainda no tempo da ditadura militar”.

[Por: Estadão Conteúdo]

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