Quem serão os convidados dos shows de Gilberto Gil no Recife?


				
					Quem serão os convidados dos shows de Gilberto Gil no Recife?
Foto/Divulgação.

Gilberto Gil está fazendo sua turnê de despedida. Aos 83 anos, ele não pretende abandonar os palcos nem a música, mas, sim, esse formato de grandes excursões.

A turnê Tempo Rei começou por Salvador, em março, e agora está chegando ao Recife com shows nos dias 22 (sábado), 23 (domingo) e 28 (sexta) de novembro.

A presença de convidados – que não são anunciados antes – tem sido uma marca da turnê Tempo Rei, produzindo momentos de grande emoção no palco e na plateia.

Em abril, em São Paulo, Gil recebeu sua filha Preta e chorou ao cantar Drão com ela. Drão foi feita para Sandra Gadelha, a mãe de Preta, que estava na plateia.

Se pensarmos em encontros geracionais, Gil recebeu Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque e Jorge Benjor – amigos e companheiros desde a década de 1960.

A riqueza e a imensa diversidade da música popular brasileira do nosso tempo estiveram presentes nesses encontros e reencontros de Gilberto Gil com seus convidados.

A pergunta é: quem serão os convidados dos três shows de Gil no Recife? Especulo – é o que posso fazer na coluna desta sexta-feira (21), véspera do primeiro show.

Eu poderia dizer quais seriam as minhas preferências. Mas não vou fazer assim. Vou só trazer a lembrança de artistas pernambucanos que poderiam estar com Gil.

Começo com dois que têm idades próximas a Gilberto Gil, embora tenham se projetado como nomes nacionais um pouco depois: Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

Lembro que Gil e Geraldo Azevedo se conheceram em 1967, antes do tropicalismo, na passagem de Gil pelo Recife para temporada no Teatro Popular do Nordeste.

Uma afinidade, em especial, marcou o primeiro encontro de Gilberto Gil com Geraldo Azevedo no Recife de 1967: o domínio que os dois já tinham do violão.

Anastácia também poderia estar no palco de Gil. Ela foi casada com Dominguinhos e, com ele, compôs Só Quero um Xodó e Tenho Sede, ambas gravadas po Gil.

O vínculo profundo de Antônio Nóbrega com o movimento armorial talvez não o aproxime de Gil. Mas o extraordinário talento, sim. E também o seu amor às raízes do frevo.

Targino Gondim, sanfoneiro nascido em Salgueiro, tem tudo a ver com Gil. Ele é autor de Esperando na Janela, grande sucesso de Gil a partir do início dos anos 2000.

Se estivesse entre os convidados, Lenine entraria como genuíno representante de uma geração intermediária entre a de Gil e a dos novíssimos artistas de Pernambuco.

Bem como os artistas que se consolidaram nos anos 1990, a partir de Chico Science e seu manguebeat. Gente como Otto, Fred Zero Quatro e o grupo Nação Zumbi.

E quem são os novíssimos? Tem Ayrton Montarroyos, que é de 1995, Duda Beat, que é de 1987, Johnny Hooker, também de 1987, e o caçula, João Gomes, nascido em 2002.

Pernambuco, Recife, Olinda, Caruaru, Petrolina. Lugares de tantas belezas musicais, do frevo, do baião, do maracatu. Gil tem vínculo profundo com tudo isso. É sempre muito bom vê-lo no Recife. Quem, afinal, serão seus convidados pernambucanos?

[Jornal da Paraiba]

Jornal da Paraíba


Descubra mais sobre

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Comente a matéria:

Rolar para cima