
Um encontro informal entre o professor, advogado e ex-juiz Ramonilson Alves e o médico e ex-deputado estadual Érico Djan, no fim de maio, reacendeu o debate sobre a formação de uma nova frente política de oposição em Patos (PB). A reunião tem sido vista por analistas locais como o possível embrião de um grupo alternativo capaz de desafiar a hegemonia do clã Motta/Wanderley, que comanda a política municipal há quase duas décadas.
Com trajetórias distintas, mas complementares, Ramonilson e Érico possuem atributos que, somados, despertam expectativas por uma proposta política mais robusta e voltada para a renovação administrativa da cidade. Ramonilson, que estreou na política recentemente após anos na magistratura, ganhou visibilidade e respeito no meio político. Já Érico Djan, com forte atuação humanitária como médico e ex-deputado, mantém alta aprovação popular e seu nome voltou a ser ventilado como possível candidato nas eleições de 2026.
Segundo aliados próximos, a candidatura de Érico a um novo mandato estadual ainda está em avaliação e dependerá da viabilidade eleitoral. Caso não dispute, a dupla deve apoiar um nome de consenso que represente os ideais de mudança e compromisso com o futuro de Patos. As articulações também miram, a médio prazo, as eleições municipais, consideradas estratégicas para romper o que chamam de “ciclo de domínio político” do atual grupo.
Os críticos à gestão Motta/Wanderley apontam que a longa permanência no poder trouxe vícios administrativos e envolvimentos recorrentes com investigações de órgãos como o Ministério Público, o TCU e o TCE. As denúncias de corrupção, operações policiais e suspeitas de má gestão pública deixaram marcas na história política recente da cidade.
A possível união de Ramonilson e Érico sinaliza um movimento de renovação que pretende mobilizar a população patoense em torno de um projeto coletivo de transformação. Para setores da sociedade civil, essa articulação pode representar o início de um novo ciclo político, mais transparente e comprometido com o interesse público.
O momento, segundo apoiadores do movimento, exige reflexão e engajamento. “Patos precisa de lideranças que coloquem os interesses da cidade acima de qualquer projeto pessoal ou familiar. É tempo de romper com a política de domínio e construir uma alternativa verdadeira para o futuro”, afirmou um interlocutor próximo ao grupo.
O portal MNegreiros segue acompanhando os desdobramentos e mantém o espaço aberto para manifestações do grupo político Motta/Wanderley.
Redação
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