Ricardo Nunes fica de ‘mãos atadas’ para articular sucessão com ‘vai e vem’ de Tarcísio; entenda

[Editada por: Marcelo Negreiros]

O “vai e vem” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre eventual candidatura à Presidência da República tem embaralhado a sucessão do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Aliados do emedebista, que é cotado para disputar o Palácio dos Bandeirantes em 2026 caso Tarcísio se lance ao Planalto, dizem que ele está de “mãos atadas” e não pode, neste momento, articular um sucessor para a Prefeitura. Um dos cotados é o vice-prefeito, Coronel Mello Araújo (PL), mas os dois têm uma relação de desconfiança, o que pode abrir caminho para um secretário entrar no páreo.

Depois de visitar nesta segunda-feira, 29, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, Tarcísio reiterou que vai concorrer à reeleição em São Paulo. Mas interlocutores de Nunes ouvidos pela Coluna do Estadão não descartam que o governador ainda volte atrás e decida enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas se os ventos da política mudarem nos próximos meses.

Caso Tarcísio continue no governo estadual, Nunes vai focar em tentar a reeleição na Prefeitura em 2028 – ele ocupou um mandato tampão após a morte de Bruno Covas e depois se elegeu prefeito em 2024. Mas, se o governador disputar o Planalto, aliados de Nunes são taxativos ao dizer que a possibilidade de comandar o Estado o empolga, por mais que em público ele afirme que esse é um projeto para um futuro mais distante.

Articulações paralisadas para sucessão na capital paulista

Nos bastidores, Nunes diz o seguinte: se Tarcísio pedir, ele concorre ao governo do Estado. Pesquisas de intenção de voto, inclusive, têm mostrado o prefeito na liderança para o Palácio dos Bandeirantes nos cenários que excluem o governador. Ele, contudo, enfrenta resistências do bolsonarismo.

Pessoas próximas a Nunes afirmam que o ideal seria preparar desde agora um sucessor na Prefeitura, principalmente porque o prefeito tem relação tumultuada com Mello Araújo. Aliados do emedebista avaliam ser difícil articular uma composição partidária em torno da candidatura do vice e que o melhor seria indicar um dos secretários.

[Por: Estadão Conteúdo]

Source link


Descubra mais sobre

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Comente a matéria:

Rolar para cima