Ao menos dois ajudantes de ordem e seguranças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presos durante uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3/5). Um deles é o ex-policial Max Guilherme (foto em destaque), ex-assessor especial de Bolsonaro.
A coluna apurou que outros dois presos são Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança de Bolsonaro. Um outro assessor, Marcelo Câmara, foi alvo de busca e apreensão. Todos viajaram para Orlando, nos Estados Unidos, com o ex-presidente. A mulher de Cid foi alvo de busca e apreensão.
A Operação Venire tem como objetivo esclarecer a atuação de associação criminosa que inseriu dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Os demais alvos são ex-integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), todos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonado (PL).

Bolsonaro e Mauro Cid
Cid com Bolsonaro no debate da TV Globo, na antevéspera do segundo turno das eleições de 2022
Reprodução/TV Globo

Bolsonaro e Mauro Cid
Ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem na Flórida, EUA, em março de 2020
Alan Santos/PR
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Bolsonaro e Mauro Cid
A dupla Bolsonaro-Cid em viagem ao Catar, em 2021
Isac Nóbrega/PR

bolsonaro e mauro cid
O ajudante de ordens carregava a pasta e era o guardião do telefone do presidente
Isac Nóbrega/PR
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Bolsonaro e Mauro Cid
Acompanhado do ajudante de ordens, Bolsonaro visita museu em Dallas, em 2019
Marcos Corrêa/PR

Bolsoanro e Mauro Cid
Ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhado do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, seu então ajudante de ordens
Alan Santos/PR/Divulgação
Segundo a PF, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.
Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19.
A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
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Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Operação Venire
O nome da operação deriva do princípio “Venire contra factum proprium”, que significa “vir contra seus próprios atos”, “ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos”. É um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.
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