[Editada por: Marcelo Negreiros]
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria neste domingo, 28, para manter presos Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti. Os dois foram presos preventivamente no dia 12, por ordem de André Mendonça, e devem continuar atrás das grades por tempo indeterminado.
As prisões foram pedidas pela Polícia Federal nas investigações sobre descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, continuará preso por tempo indeterminado, assim como Maurício Camisotti Foto: WILTON JUNIOR
A votação sobre a medida é realizada no plenário virtual do STF, um sistema em que os ministros depositam seus votos, sem a necessidade do encontro físico. Até agora, votaram pela manutenção das prisões André Mendonça, Edson Fachin e Kassio Nunes Marques. Gilmar Mendes se declarou impedido de votar. Dias Toffoli, o quinto integrante da Segunda Turma, tem até o dia 3 para votar.
Segundo as investigações, empresas ligadas a Antunes teriam intermediado operações financeiras de associações investigadas no esquema que desviou recursos de beneficiários do INSS. Como sócio oculto de uma entidade, o empresário Maurício Camisotti teria recebido vantagens em decorrência das fraudes.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o “Careca do INSS” teria recebido R$ 53,6 milhões de associações de aposentados e pensionistas. Os dois investigados negam as acusações.
Na segunda-feira, 29, a CPI do INSS tem nova sessão para interrogar outros dois investigados no esquema: Fernando Cavalcanti, sócio do advogado Nelson Wilians, e Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).
[Por: Estadão Conteúdo]
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