Sem auxílio do Governo do Estado, presidente da Fiep cobra ajuda para setor diante de tarifaço


				
					Sem auxílio do Governo do Estado, presidente da Fiep cobra ajuda para setor diante de tarifaço
Presidente da FIEP

O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Cassiano Pereira, cumpre agenda a partir de segunda-feira (01) nos Estados Unidos. Ele integrará uma comitiva da CNI que vai buscar o Congresso americano e empresários para amenizar os impactos do tarifaço do presidente Trump imposto ao Brasil.

Antes de ir, contudo, Cassiano lembrou que o esforço para reduzir os prejuízos do setor produtivo brasileiro precisa ser coletivo. E passa, também, por ações nos Estados.

No país alguns Estados, como é o caso de Goiás, lançaram programas específicos para reduzir o impacto na economia. Em Goiás o Governo criou um fundo especial para atender o setor produtivo. Em âmbito nacional o Governo Lula anunciou um pacote de R$ 30 bilhões.

Na Paraíba, por enquanto, o Governo ainda não sinalizou como pretende auxiliar os setores afetados.

As estimativas são de que o tarifaço provoque um prejuízo de R$ 101 milhões no PIB paraibano. O Estado tem um total de US$ 35,6 milhões em exportações para os EUA, o que corresponde a 21,6% das exportações totais – conforme dados da Fiep.

“Na Paraíba o governador já deveria ter chegado. O Governo precisa sim dar resposta ao industrial paraibano. Outros Estados estão fazendo isso. Nosso Estado está bem, está arrecadando bem, então é a hora de fazer”, cobrou Cassiano, em entrevista hoje à Rádio CBN.

A cobrança do setor industrial é legítima e encontra respaldo na saúde financeira propagada pelo Governo estadual.

Em abril deste ano, por exemplo, o Estado recebeu nota “brAAA” da S&P Global Ratings. É a mais alta que a agência atribui a um Estado, muito em função dos superávits acumulados ao longo dos últimos anos.

O pleito dos industriais paraibanos, em outras palavras, é que o ‘bolo’ superavitário na arrecadação possa ter uma fatia repartida, nesse momento, para reduzir os efeitos do tarifaço. Não é pedir muito…

Em tempo

Assim que as tarifas foram anunciadas pelo presidente Trump, a CBN procurou o secretário da Receita estadual Marialvo Laureano para falar sobre o tema. De acordo com ele, o Estado já vinha auxiliando o setor produtivo paraibano com outras medidas, mesmo antes do tarifaço. Uma delas foi um programa de refinanciamento (Refis), lançado recentemente.

Hoje o presidente da Fiep revelou que a entidade pediu ao Governo a prorrogação do Refis por 30 dias. O pedido, porém, não foi atendido.

[Jornal da Paraiba]

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