Sem Plano Safra, Paraná e Goiás criam fundos para apoiar o agro

[Editado por: Marcelo Negreiros]

Depois de os atrasos no Orçamento resultarem na suspensão do Plano Safra pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, os Estados do Paraná e de Goiás adotaram soluções próprias para apoiar o setor do agro.

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Na quinta-feira 3, o governador Ratinho Junior lançou o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro, chamado FIDC Agro Paraná. O investimento é de cerca de R$ 2 bilhões para a expansão agrícola.

Já em Goiás, o governador Ronaldo Caiado implementou o Fundo de Infraestrutura do Estado (Fundeinfra) como uma estratégia crucial para o agronegócio. O foco da proposta é melhorar a infraestrutura e a logística necessária para o escoamento da produção.

Foco no fortalecimento do agro paranaense

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Ratinho Júnior é filho do apresentador Ratinho, do SBT | Foto: Divulgação/Governo do Paraná

Anunciado na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, o FIDC Agro Paraná visa a fortalecer a agroindústria e o modelo cooperativista do Estado. O fundo vai funcionar como um “guarda-chuva” financeiro, de modo a permitir que cooperativas agrícolas criem fundos vinculados. Eles vão oferecer condições facilitadas de financiamento para a compra de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e melhorias logísticas.

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“Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná, tanto é que já temos quatro cooperativas que estão preparando os seus fundos”, afirmou Ratinho Junior.

Essa iniciativa busca ser uma alternativa ao Plano Safra, que está em revisão para o período de 2025-2026 e tem se mostrado insuficiente para atender à demanda nacional e estadual. O governo do Paraná já investiu R$ 150 milhões por meio da Fomento Paraná para iniciar o fundo.

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Diferentemente do programa federal, que concentra recursos no custeio e na comercialização da produção, o FIDC Agro Paraná foca em oferecer crédito para melhorias e expansão das atividades agrícolas.

O setor produtivo vai ser responsável por definir os investimentos. Já as diretrizes serão estabelecidas pelo Estado, para incentivar a economia local, como a preferência por produtos fabricados no Paraná.

[Oeste]

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