Em 4 de dezembro de 1963, uma briga entre senadores alagoanos resultou em um tiroteio fatal. José Kairala foi morto no incidente, e Arnon de Mello, pai de Fernando Collor e responsável pelos disparos, alegou legítima defesa e foi absolvido. A tensão no Senado Federal era evidente naquele dia, com Arnon de Mello sendo informado, através de um telefonema anônimo, que o senador Silvestre Péricles estava prometendo encher sua boca de balas caso ele decidisse fazer seu discurso. A rivalidade política entre os dois já vinha ocorrendo há mais de uma década. A situação escalou rapidamente e no momento em que Arnon começou a falar durante a sessão, Silvestre Péricles avançou em sua direção de forma ameaçadora. Assustado, Arnon de Mello sacou sua arma e disparou duas vezes, fazendo com que a tragédia se desenrolasse.
O tiroteio no Senado Federal em 1963 foi um evento trágico que marcou a história política brasileira. O senador Arnon de Mello (PDC-AL), pai do ex-presidente Fernando Collor, disparou contra o senador Silvestre Péricles (PTB-AL), seu arquirrival político, durante uma sessão do Senado. Os dois senadores eram de Alagoas e tinham uma rivalidade que vinha de anos.
O tiroteio ocorreu no dia 4 de dezembro de 1963. Arnon de Mello havia recebido ameaças de morte de Silvestre Péricles, que havia dito que o mataria se ele discursasse naquela sessão. Arnon tomou a palavra e começou a falar, mas foi interrompido por Silvestre Péricles, que começou a gritar e a ameaçar Arnon novamente. Arnon sacou um revólver e disparou duas vezes contra Silvestre Péricles.

Silvestre Péricles foi atingido no abdômen e morreu cinco horas depois. Arnon de Mello foi preso em flagrante, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal em 1964.
O tiroteio no Senado Federal foi um evento que chocou o Brasil. Foi a primeira vez que um senador brasileiro matava outro em plena sessão do Senado. O evento também foi um símbolo da violência política que marcou a época da ditadura militar.
Estava instalado o tumulto. Góis Monteiro agachou rapidamente e saiu ileso. Enquanto os guardas do Senado tentavam imobilizar Arnon, ele acabou atirando pela terceira vez. Silvestre Péricles, escorado entre as cadeiras da bancada, sacou o revólver e seguiu ao encontro de Mello. Achou um ângulo, mirou no desafeto e estava prestes a atirar. Era só apertar o gatilho, pois o mecanismo do revólver já estava acionado.
Subitamente, surge o senador João Agripino (UDN-PB), que se joga em cima de Góis Monteiro e, empunhando a arma do alagoano, trava o percursor do revólver com o dedo, impedindo o disparo. Agora, ambos estavam imobilizados e o susto parecia ter passado. Mas havia um ferido: José Kairala, que estava a poucos metros de Silvestre Péricles, foi atingido no primeiro tiro.

Leia mais em: Tiroteio no Senado: há 60 anos, pai de Collor matou colega no plenário e saiu impune; ouça o áudio – Estadão (estadao.com.br)
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