[Editado por: Marcelo Negreiros]
O episódio, que foi a público conforme investigação do The New York Times, levantou sérias dúvidas sobre os protocolos. Os questionamentos recaíram sobre hospitais e organizações de doação sem fins lucrativos. Nos últimos anos, a pressão para aumentar o número de transplantes tem levado a decisões apressadas, colocando em risco a integridade e os direitos dos doadores.
Casos de transplantes chamam a atenção
O caso de Misty não é o único. No Novo México, uma mulher entrou em regime de doação de órgãos mesmo depois de familiares alertarem que ela demonstrava sinais de recuperação — o que, de fato, ocorreu. Na Flórida, um homem reagiu com choro e tentou remover seu tubo respiratório antes de ser desconectado do suporte de vida. Já na Virgínia Ocidental, médicos relataram espanto quando coordenadores pediram autorização para remover os órgãos de um paciente ainda sob efeito de sedação, mas que já demonstrava sinais de consciência.
Esses casos estão ligados à expansão da chamada ‘doação após morte circulatória’, em que a retirada de órgãos ocorre assim que há a constatação de parada cardíaca; e não depois da morte cerebral. Em 2024, esse tipo de doação representou cerca de um terço do total de transplantes que ocorreram nos EUA. Calcula-se que o país registrou a extração de 20 mil órgãos, número três vezes maior que o de cinco anos antes. Especialistas agora cobram revisão urgente dos protocolos para evitar que vidas se percam de forma precipitada em nome da salvação de outras.
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