[Editado por: Marcelo Negreiros]
A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil tumultuou os bastidores da política nesta quarta-feira, 9. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com aliados para discutir as taxas, juristas afirmam que o republicano está levando os problemas do Brasil a sério.
O advogado Jeffrey Chiquini, que atua na defesa de Filipe Martins, por exemplo, afirmou que “Trump não vai aceitar que o governo brasileiro viole os direitos humanos”.
Em entrevista à edição desta quarta-feira, 9, do programa Oeste Sem Filtro, Chiquini disse que “o governo norte-americano está muito interessado” no caso que envolve o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Governo dos EUA não vai deixar barato”
Ao Oeste Sem Filtro, o advogado afirmou que o governo Trump “não vai deixar barato a fraude” que ocorreu sistema de migração norte-americano.
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“A Casa Branca, o FBI e o Senado norte-americano estão interessados no caso de Filipe Martins, especialmente em relação à fraude migratória”, afirmou Chiquini. “Os Estados Unidos estão mais interessados no caso do que nós.”
Chiquini afirmou saber quem é um dos responsáveis pela fraude no sistema migratório. Ele não citou nomes, mas disse ser um brasileiro naturalizado nos EUA. De acordo com o advogado de Filipe Martins, as recentes decisões de Trump em relação ao Brasil podem impactar diretamente o processo que envolve seu cliente.
A medida de Trump
Nesta quarta-feira, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras destinadas ao mercado norte-americano. A medida, segundo carta oficial enviada a Lula, entrará em vigor no dia 1º de agosto.


Na mensagem, o republicano critica o tratamento dado pelo governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Conheci e tratei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países”, disse Trump.
O republicano ainda disse que a forma como o Brasil tem tratado Bolsonaro representa “uma vergonha internacional”. Também disse que a medida se deve, em parte, às ações do Brasil contra empresas norte-americanas de tecnologia.
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