UBS avalia mudança de sede ou fusão com banco dos EUA

[Editado por: Marcelo Negreiros]

Debates internos no UBS apontam para a possibilidade de a instituição mudar sua sede da Suíça para os Estados Unidos, ou até mesmo buscar uma fusão com um banco norte-americano. A novidade pode ocorrer em resposta a novas exigências regulatórias suíças.

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A proposta do governo do país europeu, apresentada depois da compra do Credit Suisse em 2023, demanda um aumento substancial do capital próprio do banco. Fontes próximas ao UBS relataram que executivos da instituição já iniciaram conversas estratégicas com autoridades norte-americanas.

O objetivo seria analisar cenários que incluem fusões, aquisições ou a mudança da sede, com o intuito de escapar das regras mais rígidas propostas pelo governo suíço. As informações são do jornal New York Post.

UBS avalia exigências regulatórias e impacto na competitividade

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A bandeira da Suíça | Foto: Erich Westendarp/Pixabay

Entre as medidas regulatórias propostas, está a obrigação de manter até US$ 26 bilhões, cerca de R$ 142 bilhões, em capital adicional. O UBS avalia que tal exigência pode prejudicar sua competitividade internacional.

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O presidente-executivo do banco, Sergio Ermotti, declarou que considera as regras “punitivas”. Contudo, destacou que ainda é prematuro falar sobre deslocamento da matriz. O CEO também reconheceu que alternativas no exterior, como os Estados Unidos e o Reino Unido, estão em análise. “Ainda é cedo para especular sobre uma realocação da sede”, explicou Ermotti, segundo o NY Post.

O banco, fundado há 162 anos, enfrenta pressões desde que o governo suíço aumentou a rigidez das normas para o sistema bancário, depois do colapso do Credit Suisse. Especialistas disseram que a intensificação das regras pode incentivar bancos suíços a procurar ambientes regulatórios mais flexíveis, o que alimenta discussões sobre a efetividade das medidas e o futuro da Suíça como centro financeiro global.

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Apesar dos rumores, o UBS reafirmou seu compromisso com a Suíça e afirmou que seguirá em diálogo com as autoridades locais. De acordo com a agência Reuters, a direção do banco ainda prioriza permanecer no país, embora avalie alternativas em outras jurisdições.

[Oeste]

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