[Editado por: Marcelo Negreiros]
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Gertrud von der Leyen, rebateu publicamente, pela primeira vez, as acusações referentes ao escândalo conhecido como “Pfizergate”, que envolve mensagens de texto trocadas entre ela e o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, durante as negociações para compra do soro anticovid.
A recusa da equipe de Ursula von der Leyen em divulgar as mensagens aumentou as suspeitas sobre eventuais irregularidades.
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Além disso, a presidente da Comisão Europeia enfrenta acusações sobre suposta “aplicação incorreta” da Lei dos Serviços Digitais nas eleições nacionais e a “utilização abusiva” do artigo 122º dos Tratados da União Europeia para contornar o Parlamento no novo programa de empréstimos de 150 bilhões de euros para a defesa.
Graças à manobra de Ursula von der Leyen, o plano, conhecido como SAFE, apenas necessitava da bênção dos Estados-Membros.
Pfizergate
Durante sessão no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na segunda-feira 7, Ursula von der Leyen chamou de infundadas as acusações sobre o escândalo envolvendo a gigante farmacêutica Pfizer.
“A sugestão de que esses contratos foram, de alguma forma, inadequados ou contrários aos interesses europeus é simplesmente errada”, afirmou. Para ela, as acusações são baseadas em “conspirações já desmentidas”.
“Não devemos ter ilusões sobre as ameaças que a nossa democracia enfrenta”, disse. “Entramos numa era de luta entre a democracia e o iliberalismo. A ameaça dos partidos extremistas que querem polarizar as nossas sociedades com desinformação é alarmante.”
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Ursula discursou dias antes da votação de uma moção de censura
Ursula von der Leyen proferiu o discurso dias antes da votação de uma moção de censura contra ela. A votação deverá ocorrer no dia 10 de julho. O autor da moção é o eurodeputado romeno Gheorghe Piperea. A medida é co-assinada por outros 77 eurodeputados.
Em maio, um tribunal da União Europeia decidiu que a Comissão errou ao não dar transparência às mensagens trocadas entre Ursula von der Leyen e Bourla.
“Todos os Estados-membros decidiram comprar as vacinas por vontade própria”, afirmou Ursula.”Qualquer afirmação contrária é desonesta. Na verdade, vamos chamar pelo nome: é simplesmente uma mentira.”
[Oeste]
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