Venezuela chama de “provocação” exercícios militares dos EUA na Guiana.

A Venezuela chamou de “provocação” os exercícios militares anunciados pelos Estados Unidos na Guiana, na quinta-feira (7/12). O governo venezuelano aprovou, no último domingo (3/12), um referendo que autoriza a anexação da região de Essequibo, localizada na Guiana, ao seu território.

Os Estados Unidos anunciaram que aviões militares irão sobrevoar a região de Essequibo e o resto da Guiana durante exercícios militares. A Embaixada dos Estados Unidos na Guiana informou que esses exercícios irão acontecer em parceria com a Força Aérea guianesa.

Não é a primeira vez que a região de Essequibo vira tema de disputa entre os dois países. Os venezuelanos defendem que o local, que possui uma área maior do que a Inglaterra e é rico em recursos naturais, fazia parte da Capitania Geral da Venezuela, quando o território ainda era dominado pelo império da Espanha. Por sua vez, a Guiana defende que a divisão de Essequibo foi definida em 1899, por meio da Sentença Arbitral de Paris que determinou as fronteiras dos territórios da Guiana Britânica.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro chegou a divulgar, nessa terça-feira (5/12), um novo mapa da Venezuela já com a incorporação de Essequibo. Além disso, Maduro propôs à Assembleia Nacional do país a criação de leis para criação de uma província venezuelana na região.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, também nesta quinta, que tem acompanhado a situação entre Venezuela e Guiana com “crescente preocupação”. Devido ao aumento das tensões na região, o Exército brasileiro enviou 16 blindados para Boa Vista, capital de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela.

Análise

A decisão da Venezuela de anexar a região de Essequibo é uma manobra que tem sido observada com preocupação por autoridades estrangeiras. A região é rica em recursos naturais, incluindo petróleo e gás natural.

A resposta dos Estados Unidos, com a realização de exercícios militares na Guiana, é uma tentativa de demonstrar apoio ao país vizinho e de dissuadir a Venezuela de tomar qualquer ação militar.

O Brasil, que faz fronteira com a Venezuela e a Guiana, também tem demonstrado preocupação com a situação. O envio de blindados para Boa Vista é um sinal de que o país está acompanhando a situação de perto e está preparado para intervir caso necessário.

É possível que as tensões entre Venezuela e Guiana continuem a aumentar, o que poderia levar a um conflito militar. No entanto, também é possível que as duas partes consigam chegar a um acordo diplomático para resolver a disputa.


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