A difícil missão de controlar os cães de ruas em Patos
Nesta sexta-feira 31/03 fui testemunha de parte das dificuldades enfrentadas pelas autoridades responsáveis pelo controle de cães soltos nas ruas de Patos. Há vários dias uma matilha grande se digladiava em torno de uma cadela pelas ruas próximas ao Colégio Cristo Rei, causando vários tipos de transtornos além de muito barulho. O pessoal do canil de Patos veio à procura da cadela para resolver a situação. Acompanhei um momento e vi a grande dificuldade para resgatar um bicho desses.
Em contato com um dos responsáveis pelo controle municipal, o médico veterinário, Dr. Dilermano Simões, a coisa é muito mais complexa do que se imagina. Ele falou que só no centro da cidade, são três matilhas e quatro cadelas que dão muito trabalho para a coleta. O que parece fácil para a população que sempre fotografa e reclama nas redes sociais, é preciso conhecimento do comportamento dos animais para uma aproximação. Em cada matilha, há um líder e quando você se aproxima, eles reagem e provoca o stress do animal. Ainda por cima, você tem que desviar o trânsito para preservar a vida dos animais.
Resgatar uma cadela não é tarefa fácil. O resultado depois é satisfatório pois a calma agora reina no setor. Mas quem resgatou correu riscos que muitos não tem ideia e critica o trabalho das pessoas que trabalham numa dedicação que ninguém observa.
Outra coisa que o Dr. Dilermano acrescentou, é a preocupação com doenças dos animais que em outra oportunidade abordaremos em outra matéria. Mas fica a dica, não maltratem os animais pois, quando eles agridem uma pessoa, foi reação a alguma suspeita de violência contra o animal. Eles reagem com medo de serem agredidos.
Lembro a frase do cantor e compositor Vital Farias: “Eu não vou na sua casa, pra você não vir na minha”
Fica a dica.
Adendo do jornalista e amigo, Marcos Nogueira.
O texto a respeito dos cães está muito bem redigido, tem um conteúdo verdadeiro de uma triste realidade.
Esses animais, que ” perambulam” pelas ruas de Patos, são vítimas de nós próprios, justamente por não termos uma administração municipal eficiente e humana. Daí o aumento geográfico desses inocentes, que ainda estão sujeitos à fome, à sede e a múltiplas doenças.
A sociedade, mesmo não tendo obrigações formais, poderia se multiplicar com doações de alimentos, remédios e, também, adotando alguns cãezinhos.
E há a culpa maior, por não sabermos escolher nossos representantes, tanto no poder executivo, quanto no legislativo.
Parabéns, pois, pela matéria. Veio no momento ideal!
mnegreiros.com