Afiliada é dispensada pela Jovem Pan após proprietário confessar financiamento de atos golpistas.

A Jovem Pan anunciou na última quinta-feira (20/04/2023) que encerrou o contrato com uma afiliada de Itapetininga, interior de São Paulo, por prática que “expõe a marca” da emissora e “viola cláusulas” do acordo. O dono da Jovem Pan Itapetininga, Milton de Oliveira Júnior, admitiu ao vivo, durante participação em um dos programas veiculados localmente, ter financiado os atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidas e depredadas por radicais bolsonaristas.

Oliveira admitiu ter contribuído financeiramente, a pedido de um amigo, para “sua alimentação durante a viagem de retorno de Brasília no dia 20 de novembro de 2022”, muito antes dos atos de depredação do patrimônio público de janeiro. Em um comunicado publicado em sua página do Facebook, ele afirmou que sempre respeita a Constituição e as leis vigentes e que jamais apoiou qualquer ato que ataquem a democracia.

Já a Jovem Pan informou que a Jovem Pan Itapetininga exibiu conteúdo em sua programação e nas plataformas digitais que “expõe a marca” da emissora e viola cláusulas contratuais. Embora as emissoras afiliadas sejam responsáveis pelo conteúdo que produzem regionalmente, devem refletir os valores e princípios da rede. A Jovem Pan se posicionou contrária aos prejuízos causados pelos atos de 8 de janeiro e condenou a postura da produtora DPV Limitada – Jovem Pan Itapetininga.

A emissora afirmou também que não apoia a conduta dos administradores da produtora DPV Limitada e dos demais integrantes do programa que levaram à exclusão da emissora do grupo de afiliadas Jovem Pan. E por fim, esclareceu que ainda é possível ouvir a programação pelo Panflix.

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