Na África do Sul estão crescendo os apelos para que a família real britânica devolva o maior diamante de lapidação conhecido do mundo após a morte da rainha Elizabeth II.
Conhecido como a Great Star of Africa (Grande Estrela da África, na tradução) ou Cullinan I, o diamante é lapidado de uma gema maior que foi extraída na África do Sul em 1905 e entregue à família real britânica pelas autoridades coloniais do país. Atualmente, a pedra está montada em um cetro real pertencente à rainha.
As demandas pelo retorno do Great Star of Africa e outros diamantes — juntamente com pedidos de repatriação — se intensificaram desde a morte da rainha. Muitos sul-africanos veem a aquisição das joias pela Grã-Bretanha como ilegítima.
A morte da rainha abriu uma discussão sobre o colonialismo e como ele se relaciona com o legado deixado por ela. A mídia sul-africana vem debatendo a propriedade da gema, juntamente com demandas de pagamento de reparações.
“O diamante deve ser devolvido à África do Sul com efeito imediato”, disse o ativista Thanduxolo Sabelo à mídia local, acrescentando que: “Os minerais de nosso país e de outros países continuam a beneficiar a Grã-Bretanha às custas de nosso povo”.
Mais de 6 mil pessoas assinaram uma petição pedindo que o Great Star of Africa seja devolvido e exibido em um museu sul-africano.
Um membro do parlamento sul-africano, Vuyolwethu Zungula, exortou seu país a “exigir reparações por todos os danos causados pela Grã-Bretanha” e também “exigir a devolução de todo o ouro e diamantes roubados pela Grã-Bretanha”.
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