O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), declarou neste domingo (26/10) que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder norte-americano, Donald Trump, foi um “passo para o Brasil e os EUA estreitarem mais seus laços de amizade”, além de “mais uma evidência do compromisso do governo do presidente Lula com o povo brasileiro”.
Lula e Trump se encontraram na capital da Malásia na tarde deste domingo, madrugada no Brasil. O encontro durou cerca de uma hora, dando início às negociações sobre o tarifaço imposto por Washington a produtos brasileiros.
Veja a íntegra da conversa entre os dois líderes:
Na reunião, o presidente norte-americano destacou a possibilidade de acordar na redução de algumas tarifas já a partir deste primeiro momento. “Acho que vamos conseguir fazer alguns acordos muito bons que estamos discutindo, e eu acho que vamos acabar tendo um relacionamento muito bom”, adiantou Trump.
Lula frisou que não há impasse grande o suficiente para negativar a relação com os EUA e pediu a suspensão das tarifas.
O diálogo ocorreu a portas fechadas, com a presença de ministros de Estado. Pelo lado estadunidense, estavam Marco Rubio, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o secretário de Comércio, Jamieson Greer. Pelo Brasil, estiveram com Lula o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e Márcio Rosa, secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços.
O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado apenas uma vez, por meio de questionamento da imprensa no início da reunião. Trump elogiou o ex-aliado, afirmando que “sempre” gostou dele, mas também não deu qualquer sinal de que iria colocá-lo como ponto central na negociação sobre o tarifaço.
Ao anunciar a taxação de 50% sobre Brasil, a Casa Branca citou como motivos o que considera uma suposta perseguição a Bolsonaro. Desde então, a direita teme que uma aproximação entre Lula e Trump enfraqueça sua articulação.
[Metrópoles]
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