O Parlamento da Alemanha aprovou nesta sexta-feira, 21, a criação de um fundo de € 200 bilhões (R$ 1 trilhão) para medidas contra a crise energética. O montante será utilizado em subsídios para famílias e empresas com objetivo de reduzir o impacto da explosão dos preços de energia.
Para criar o fundo, os parlamentares autorizaram o governo a contrair novas dívidas. A Constituição alemã proíbe o governo de fazer dívidas para bancar o orçamento e a única exceção é para emergências excepcionais, como a situação de agora, segundo o governo. Essa é a segunda vez neste ano que o Parlamento aprova esse tipo de medida.
A proposta foi aprovada pelos parlamentares dos partidos de centro-esquerda que formam a coalizão de governo: Partido Social-Democrata (SPD), Partido Verde e Partido Liberal Democrático (FDP). A bancada conservadora, formada pela União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), votou contra.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, comemorou a aprovação e disse que a decisão é “uma boa notícia para todos que se preocupam com os custos dos seus serviços e para pequenas empresas”.
O governo ainda não deu detalhes sobre o pacote de subsídios. Porém, está previsto que o fundo dure até 2024 e financie custos com energia elétrica e um teto no preço do gás. Uma das propostas prevê que o governo assuma a conta de gás das residências alemãs de dezembro e subsidie parte do valor para os meses seguintes.
A maior economia da Europa tenta lidar com a disparada dos preços do gás e eletricidade causada, em grande parte, pelo corte do fornecimento de gás pela Rússia, que em setembro cortou, por tempo indeterminado, o fornecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream 1. Até 2021, a Rússia fornecia 55% do gás utilizado na Alemanha.
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