Filme
Lightyear (Disney+)
É sinal da idiotice de nosso tempo que um filme como este tenha sido tão marcado por uma cena em que duas mulheres se beijam. Tudo bem, a cena reflete a chatice woke da militância que atingiu as organizações Disney em cheio. Mas dura um segundo. Se você piscar, nem percebe. Mesmo assim, essa cena minúscula foi a causa de Lightyear ter sido proibida em 14 países do mundo muçulmano, entre eles Arábia Saudita, Egito, Líbano, Malásia e Indonésia.
Quem se apegar a esse selinho entre mulheres vai perder um grande filme de animação. Sua concepção de arte é difícil de acompanhar, de tão rica em detalhes, com um evidente tom retrô. Sendo um filme da Pixar, você sabe que vai misturar risadas com momentos de sentimentalismo. O diretor Angus MacLane já havia mostrado sua maestria com animações satíricas de super-heróis com Os Incríveis (2004).

Quem acompanha a série Toy Story sabe que ela começa (em 1995) quando o menino Andy ganha de presente um boneco de Buzz Lightyear, o astronauta herói. Este é supostamente o filme que ele assistiu em 1995 e que o fez pedir o boneco aos pais.
Buzz inicia o filme como um sujeito duro e individualista, que não aceita a ajuda de gente despreparada para fazer parte da sua patrulha. Fãs de Pixel sabem que ele vai mudar de comportamento até o fim do filme, que tem tudo para ganhar uma continuação. Como se não bastasse Lightyear ganha um irresistível gato-robô daqueles da criançada querer correr até a loja de brinquedos para ter o seu. Foi assim que essa saga começou.
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