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Após denúncias da Calvário, TCE decide desarquivar processos de OSs

Tribunal deve rever também eventuais decisões proferidas pelo Tribunal de Contas

Em 25 de janeiro de 2019, eu publiquei neste espaço que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tinha processos “engavetados” há 2.252 dias relacionados à Cruz Vermelha Brasileira (CVB). De lá para cá, a Operação Calvário conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, investigou e denunciou os contratos firmados pela Organização Social com o governo do Estado. Mostrou erros, inclusive, nos casos julgados pelo tribunal. E mais: passou a investigar três conselheiros do TCE. A resposta da corte veio apenas agora.
O Tribunal de Contas do Estado divulgou uma resolução, nesta sexta-feira (24), determinando o desarquivamento de todas as ações relacionadas aos casos investigados pela Operação Calvário. Serão revistos, inclusive, as decisões tomadas anteriormente nos processos. A resolução estabelece, por exemplo, que haja o “desarquivamento, instrução, julgamento e revisão das eventuais decisões proferidas em processos relacionados às contratações de Organizações Sociais pelo Estado da Paraíba”.
Os processos, inclusive, de acordo com a resolução, terão tramitação prioritária na Corte. O Ministério Público de Contas ficou incumbido, também, de solicitar “documentos e informações, que sejam necessárias às respectivas manifestações e/ou deliberações.
Parágrafo único – Conforme o caso, as solicitações serão apresentadas diretamente ao Gabinete da Presidência, que as encaminhará às autoridades que detenham as informações demandadas”.
O documento justifica as medidas com base nas “recentes divulgações de fatos decorrentes da denominada ‘Operação Calvário’, com revelações de, em tese, crimes que teriam ocorrido e envolvido fatos sob jurisdição da Corte de Contas”. Destaca ainda a “ausência, no âmbito do TCE/PB, de instrumentos de apuração aptos e suficientes para descobrir condutas criminais, matéria, inclusive, que refoge à competência da Corte de Contas”.
O Ministério Público da Paraíba investiga a suposta participação de três conselheiros do TCE em esquema para “retardar” os julgamentos. Os investigados são André Carlo Torres, Arthur Cunha Lima e Nominando Diniz. Os dois últimos foram afastados do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com informações de Suetoni Souto Maior para o Jornal da Paraíba

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