O ator José Dumont, da Globo, virou réu pelo crime de armazenamento de imagens de pedofilia. Isso ocorreu depois de a Justiça aceitar, na sexta-feira 23, a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A decisão é da juíza Gisele Guida de Faria, da 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente.
Em 15 de setembro, Dumont foi preso em flagrante por armazenar imagens de sexo com crianças. A investigação, conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), está sob sigilo. Aos policiais, o artista disse que o material seria usado como “estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus nem filtros”.
Segundo a Polícia Civil, Dumont teria se envolvido com um adolescente de 12 anos, a quem ofereceu ajuda financeira. A polícia investigou o caso e, ao fazer uma busca e apreensão na casa do ator, na zona sul do Rio de Janeiro, encontrou imagens e vídeos de sexo protagonizados por crianças.
Dumont, 72 anos, alegou que conseguiu as imagens na internet. Ele negou ter fotografado, filmado, produzido ou editado imagens de crianças e adolescentes em contexto pornográfico. O ator da Globo disse aos policiais que não participa de grupos virtuais para trocas de imagens pornográficas.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva pelo juiz Antonio Luiz da Fonseca Lucchese, durante audiência de custódia realizada na sexta-feira 16.
Dumont atuou em diversas novelas da TV Globo e da extinta TV Manchete. Ele também participou de filmes e peças de teatro. Recentemente, em Nos Tempos do Imperador, atuou como o coronel Eudoro Mendes. Em virtude das investigações, a TV Globo informou que excluiu o ator da novela Todas as Flores, que ainda estreará na Globoplay.
“Diante dos fatos noticiados, a Globo tomou a decisão de retirá-lo da novela”, comunicou a empresa, em nota. “A suspeição de pedofilia é grave. Nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa, ainda que ocorra na vida pessoal dos contratados e de terceiros que com ela tenham relação.”
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