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Aumento de mortes e internações de mulheres devido ao consumo de álcool no Brasil

Entre 2010 e 2021, as taxas de mortes e internações atribuíveis ao consumo de álcool no Brasil diminuíram, de acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). No entanto, o estudo revelou um aumento tanto nos óbitos quanto nas hospitalizações entre as mulheres. A redução geral foi de 4,8% nas mortes e 8,8% nas internações. Entre os homens, esses números foram ainda maiores, com uma redução de 8% nas mortes e 13% nas internações. No entanto, entre as mulheres, houve um aumento de 7,5% nas mortes e 5% nas internações.

Segundo Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa, a queda nos indicadores relacionados aos homens é significativa, pois contribui para a redução dos dados gerais. No ano de 2020, durante a pandemia de Covid-19, foi registrado o pico de mortes relacionadas ao álcool em uma década, mas houve uma queda leve de 1,3% no ano seguinte. Em 2021, o álcool esteve associado a 69.054 mortes (76,4% homens e 23,6% mulheres) e houve um aumento de 2,5% nas internações, totalizando 336.407 hospitalizações (71% homens e 29% mulheres).

O aumento do consumo perigoso de álcool entre as mulheres tem sido objeto de estudos por especialistas de diversas áreas. A sobrecarga enfrentada pelas mulheres pode ser um fator que contribui para esse aumento, como afirma Mariana Thibes, socióloga e coordenadora do Cisa. A carga de trabalho doméstico e o vínculo empregatício podem resultar em estresse e afetar negativamente a saúde mental, tornando o consumo excessivo de álcool uma forma de aliviar esse sofrimento.

A OMS afirma que não há quantidade segura de álcool para consumo, e as mulheres têm um risco maior de problemas relacionados ao álcool, como alcoolismo, danos ao fígado, doença cardíaca e câncer de mama. Isso se deve às diferenças biológicas entre homens e mulheres, como menor concentração de água e enzimas que metabolizam o álcool no organismo feminino.

Os dados do Cisa indicam uma tendência de nivelamento do consumo nocivo de álcool, com uma redução desse impacto nos homens e um aumento nas mulheres. Especialistas destacam a importância de medidas de prevenção e políticas públicas direcionadas para o uso nocivo de álcool pelas brasileiras.

Para mitigar os riscos relacionados ao álcool, é recomendado um consumo moderado, com o estômago cheio e ingestão adequada de água. Em algumas situações, como quando se vai dirigir, durante a gravidez, ao tomar medicamentos que interagem com o álcool ou para menores de idade, o consumo deve ser completamente evitado.


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