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Geral

Benjamin Franklin (provavelmente) nunca captou eletricidade com uma pipa

ByDa Redação*

maio 24, 2023


A ciência está cheia de imagens populares: a maçã caindo na cabeça de Newton; Darwin observando os tentilhões de Galápagos para formular a teoria da evolução; Curie segurando substâncias radioativas. Apesar de serem didáticas para o ensino de ciência, muitas vezes as situações retratadas são falsas ou no mínimo equivocadas. 

Esse é o caso da detecção da eletricidade por Benjamin Franklin. Reza a lenda que um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos fez um experimento usando uma pipa para captar eletricidade de raios durante uma tempestade. A história rendeu diversas ilustrações como a que você vê abaixo.

Litografia da empresa Currier & Ives, de 1876.
– (Bequest of A. S. Colgate, 1962/Divulgação)

Só que não foi bem isso que aconteceu – até porque o resultado seria fatal. Quem explicou essa história foi o pesquisador Breno Arsioli Moura, da Universidade Federal do ABC (UFABC), em um artigo publicado no periódico Science and Education.

Quem foi Benjamin Franklin

Benjamin Franklin (1706-1790) foi um dos líderes da Revolução Americana, que deu origem à Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776. Por isso, é considerado um dos “pais fundadores” do país, junto com Thomas Jefferson, George Washington, entre outros nomes. Ele também é conhecido por estampar a nota de cem dólares americana.

Franklin era um polímata. Isso significa que ele tinha interesse e se ocupava com diferentes áreas, como política, religião, diplomacia, filosofia – e ciência. Dentro do campo científico, ficou famoso por suas descobertas relacionadas à eletricidade e por ter inventado o para-raios. (Vale mencionar que a eletricidade já era conhecida, e a grande contribuição de Franklin foi relacioná-la às nuvens e raios).

Para fazer essas descobertas, no entanto, Franklin não teve que empinar a pipa que ficou no imaginário popular.

Imprecisões históricas

Para começar, Franklin viveu no século 18, mas a maioria das ilustrações que mostram o cientista empinando uma pipa datam do século seguinte. No artigo publicado recentemente, Moura analisa sete ilustrações feitas no século 19. Todas elas mostram o filho do cientista, William, como uma criança ajudando o pai na empreitada. No entanto, William já era um jovem adulto de 21 anos quando Franklin propôs o tal experimento.

Em tese, a pipa seria usada para demonstrar que o raio tinha natureza elétrica. Só que essa história é uma simplificação de um outro experimento proposto por Franklin em 1750, conhecido como “experimento da guarita”. Vamos explicá-lo.

O experimento original

Neste experimento, uma guarita seria montada no topo de um prédio ou morro. Lá dentro, o indivíduo coloca um suporte isolante no chão, feito de cera. De lá sai uma haste vertical, metálica, comprida e pontuda, cuja extremidade fica para o lado de fora da cabine. O observador, por sua vez, fica protegido dentro da guarita e em cima do suporte isolante.

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Figura original de Experiments and Observations on Electricity (1751), de Franklin, mostrando um esboço do experimento da guarita.
– (Experiments and Observations, 1759, Plate I, Fig IX.)/Montagem sobre reprodução)

Segundo Franklin, a ponta do metal extrairia a eletricidade das nuvens. O indivíduo que aproximasse a mão da haste poderia obter algumas faíscas. O detalhe deste experimento é que ele não deveria ser feito durante uma tempestade, mas apenas com o tempo nublado.

Mas nem esse experimento Franklin realizou efetivamente. Isso só foi feito em 1752, por dois franceses. O cientista soube do sucesso francês – mas, quando foi mandar uma carta a um de seus correspondentes britânicos, ele descreveu uma versão mais simples do experimento, que havia sido feita na Philadelphia (EUA). E que usava, justamente, uma pipa.

Experimento simplificado

A pipa descrita por Franklin era feita de varetas e um lençol de seda, com um fio pontudo na extremidade superior. Ao final do barbante seria amarrada uma chave, que faria o papel da haste metálica do experimento anterior. O indivíduo seguraria a pipa com um pedaço de seda, que é material isolante. Assim, a eletricidade não iria para a mão da pessoa, mas ficaria “estocada” na chave.

Um detalhe importante é que, assim como o experimento da guarita, o da pipa jamais deveria ser feito durante uma tempestade com relâmpagos. Se um raio acertasse a pipa, quem quer que a estivesse segurando provavelmente morreria eletrocutado. O intuito era captar a carga elétrica ambiente durante uma chuva, e não do raio.

Outro equívoco das ilustrações é mostrar Franklin empinando a pipa em um campo aberto – o cientista deixou claro que quem realizasse o experimento deveria fazê-lo em um abrigo, para não molhar a seda. Muitas imagens, inclusive, nem mostram a seda, dando a impressão de que o indivíduo segurava diretamente o barbante.

Vinehta plucicada em notas bancárias dos Estados Unidos no final do século 19.
– (Alfred Jones/Wikimedia Commons/Montagem sobre reprodução)

Em entrevista à Agência FAPESP, Moura diz que Franklin não especifica se o experimento de Philadelphia foi feito por ele mesmo ou outra pessoa. O artigo mostra que as ilustrações provavelmente derivam de outro relato escrito não por Franklin, mas por Joseph Priestley.

Relato de Priestley

Em 1767, o cientista Joseph Priestley publicou um livro intitulado The History and Present State of Electricity (“A História e o Presente Estado da Eletricidade”). O pesquisador descreve o experimento de forma mais detalhada, o que inclui a presença do filho de Franklin. Além desse, outros pontos diferem do relato original.

É bem provável que as ilustrações do século 19 tenham sido feitas com base no relato de Priestley, e não de Franklin. Embora não seja possível voltar no tempo e ver o que realmente aconteceu, vale lembrar que ilustrações e relatos históricos muitas vezes não são representações fiéis da realidade.

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