[Editado por: Marcelo Negreiros]
No cenário internacional, o caso de Alberto Fujimori no Peru é emblemático. Em 1992, ele dissolveu o Congresso e assumiu poderes extraordinários, justificando suas ações como necessárias para combater crises internas. Com o apoio das Forças Armadas, ele consolidou um regime autoritário que perdurou até 2000. Durante esse período, seu governo foi marcado por escândalos de corrupção e graves violações dos direitos humanos que culminaram em sua fuga para o Japão naquele mesmo ano.
Casos mais recentes, como o de Donald Trump nos Estados Unidos em 2020, também trazem paralelos, diz advogado. João Valença, especialista em direito constitucional, observa que o então presidente tentou deslegitimar o resultado das eleições, questionando repetidamente a legalidade dos votos e alegando, sem provas, que o sistema permitia fraudes. Essas acusações foram intensificadas após a derrota nas urnas para Joe Biden.
Várias auditorias e investigações não encontraram evidências significativas de irregularidades. Essa estratégia de deslegitimar o processo eleitoral teve como consequência a polarização política nos Estados Unidos e culminou nos eventos violentos de 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do republicano invadiram o Capitólio em uma tentativa de reverter os resultados da eleição.
Especialistas veem paralelos entre as ações de Bolsonaro e esses episódios históricos. Antonio Celso Baeta Minhoto, doutor em direito público e constitucional, destaca que “se confirmadas as evidências, Bolsonaro parece ter seguido um caminho semelhante ao de Jânio e Vargas, tentando romper a ordem democrática para se perpetuar no poder”.
A fala do ex-presidente é vista por especialistas como uma tentativa de desqualificar as acusações. Antônio Carlos Souza de Carvalho, cientista político, afirma que “ao dizer que um golpe não seria contra Lula, Bolsonaro busca moldar a narrativa e evitar ser enquadrado no Artigo 359-M do Código Penal, que criminaliza tentativas de golpe. No entanto, as evidências da Polícia Federal mostram ações articuladas para romper com a ordem democrática”.
!function(f,b,e,v,n,t,s) {if(f.fbq)return;n=f.fbq=function() {n.callMethod? n.callMethod.apply(n,arguments):n.queue.push(arguments)}; if(!f._fbq)f._fbq=n;n.push=n;n.loaded=!0;n.version=’2.0′; n.queue=[];t=b.createElement(e);t.async=!0; t.src=v;s=b.getElementsByTagName(e)[0]; s.parentNode.insertBefore(t,s)}(window, document,’script’, ‘https://connect.facebook.net/en_US/fbevents.js’); fbq(‘init’, ‘1425099884432564’); fbq(‘track’, ‘PageView’, { content_name: ‘Bolsonaro ironizou autogolpe ao ser indiciado, mas Brasil já teve tentativa’, content_ids: [28132,35976,81965,83302,83158], is_closed: false, });
[Redação]
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.