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Branca de Neve sai de cartaz com prejuízo milionário para Disney

[Editado por: Marcelo Negreiros]

O remake em live-action de Branca de Neve, da Walt Disney Company, estreou nos cinemas em 19 de março. Pouco mais de um mês depois, sua trajetória nas bilheteiras praticamente chegou ao fim, consolidando o longa como um dos maiores fracassos de bilheteria da história de Hollywood.

Desde a estreia, sites especializados e veículos de imprensa já projetavam grandes perdas para o estúdio, baseados no desempenho inicial do filme. Agora, com a exibição prestes a terminar, os números confirmam uma situação ainda pior do que as primeiras previsões indicavam.

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Depois de um fim de semana de estreia fraco, com arrecadação de apenas US$ 42 milhões, Branca de Neve registrou uma queda de 66% de público na segunda semana. O portal norte-americano Deadline apostou em uma recuperação nas semanas seguintes — que não aconteceu — para estimar que o filme poderia alcançar US$ 225 milhões de bilheteria global.

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Com um orçamento de US$ 250 milhões, remake de “Branca de Neve” desagrada o público e fracassa na bilheterias | Foto: Divulgação/Disney

As quedas nas vendas de ingressos só aumentaram: 58,5% no terceiro fim de semana, 51,3% no quarto e 57,6% no quinto. Durante o feriado da Páscoa, considerado a última chance de impulsionar as bilheterias, o longa arrecadou apenas US$ 1,2 milhão em 1,65 mil salas, o que corresponde a uma média de US$ 743 por cinema.

Com base no preço médio de US$ 15 por ingresso, estima-se que cada sala vendeu cerca de 50 ingressos por dia. O número é insuficiente até para preencher metade de uma sala de grande porte.

Mas a situação ainda podia piorar. Na última quinta-feira, 24, a bilheteria somou apenas US$ 88,8 mil, de acordo com o portal OutKick. Disponível em 1,65 mil salas, o longa arrecadou uma média de apenas US$ 53 por cinema — equivalente a três ou quatro ingressos vendidos por dia.

Os números acumulados revelam a dimensão exata do prejuízo. Inicialmente, segundo o Deadline, a Disney esperava uma perda em torno de US$ 115 milhões, com base em uma arrecadação global projetada de US$ 225 milhões para cobrir os US$ 410 milhões investidos em produção e marketing.

No entanto, até agora, Branca de Neve faturou apenas US$ 194,7 milhões mundialmente. Assim, o prejuízo para a casa do Mickey Mouse totaliza cerca de US$ 145 milhões — US$ 30 milhões pior que o projetado.

Elenco e decisões criativas geraram antipatia com nova Branca de Neve

Apesar da possibilidade de recuperar parte do investimento por meio do streaming e outros canais, o filme já é considerado um dos maiores desastres financeiros da história recente do cinema. Críticos apontam que escolhas polêmicas no elenco, alterações no roteiro e a recepção negativa à protagonista contribuíram para o insucesso.

A atriz principal, Rachel Zegler, gerou controvérsia tanto por não ter a pele branca que dá nome à personagem principal da história quanto por suas falas depreciativas a respeito do longa original. As declarações da atriz evocaram antipatia em parte significativa do público, dada a relevância da obra-prima de Walt Disney para a história do cinema.

+ Leia também: “Esqueça a Branca de Neve Woke. O remake da Disney parece mais a Branca de Neve socialista”, artigo de Pete Suderman para a Edição 264 da Revista Oeste

Lançado em 1937, Branca de Neve foi o primeiro longa-metragem da Disney e o primeiro filme de animação em cores do mundo. A obra, que era debochadamente chamada de “a loucura de Walt Disney” durante sua produção, chegou a receber um Oscar honorário por seu pioneirismo.

Além disso, a escolha da Disney contemporânea por não escalar atores com nanismo para viver os emblemáticos sete anões também repercutiu negativamente. Também houve reações negativas nas redes sociais às mudanças no roteiro prometidas pelo elenco. “Ela não será salva por um príncipe”, prometeu Gal Gadot, que fez o papel de Rainha Má na adaptação, durante uma entrevista.

A queda no desempenho de Branca de Neve reflete ainda uma crise mais ampla enfrentada pela Disney nos últimos anos. As ações da empresa acumulam queda de 24% em 2024 e de 13,5% nos últimos cinco anos.

O CEO do conglomerado, Bob Iger, em sua segunda passagem pelo comando da companhia, enfrenta críticas crescentes. Analistas apontam que, para retomar o sucesso, a Disney precisará priorizar a qualidade das histórias e a criatividade artística em seus projetos futuros. E, a julgar pelo desempenho de Branca de Neve, os remakes em live action vão ter que sair do caminho.

[Oeste]

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