A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou um pedido do Partido Liberal (PL) para a remoção da internet de um vídeo em que Lula (PT) chama o presidente Jair Bolsonaro de “genocida”. A decisão é do dia 19 de agosto, mas foi publicada nesta quinta-feira, 1º.
O ataque de Lula a Bolsonaro aconteceu em 21 de julho, durante comício realizado em Recife. “Quem é que fez mais bondade para o campo e o agronegócio, se foi o PT, ou se foi esse genocida que está aí, esse genocida não fez absolutamente nada?”, disse o petista na oportunidade.
Na representação ao TSE, o PL reclamou de “gravíssimas ofensas à honra e à imagem do atual Presidente da República”. O partido ainda destacou que Lula “realizou verdadeiro discurso de ódio contra seu opositor, o que reforça a gravidade dos atos praticados e o reprovável desrespeito do pré-candidato petista ao cumprimento das normas eleitorais”.
Em sua decisão, Cármen Lúcia manifestou que a Jurisprudência do TSE é a de que críticas pesadas não representam propaganda antecipada negativa.
“Não é qualquer crítica contundente a candidato ou ofensa à honra que se enquadra em propaganda eleitoral negativa antecipada, sob pena de violação à liberdade de expressão”, escreveu a ministra.
A decisão de Cármen Lúcia, no entanto, contraria um entendimento anterior do ministro Raul Araújo, também do TSE, que em 10 de agosto determinou a retirada de outros vídeos em que Lula chama Bolsonaro de “genocida”.
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