Jake Sullivan, principal assessor de política externa do
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará ao Brasil na próxima
segunda-feira (5) para buscar uma aproximação com o presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva, e definir a data de uma visita a Washington que pode
acontecer ainda este mês.
A Casa Branca já havia informado à EFE nesta semana que Sullivan pretendia ir ao Brasil, mas nesta sexta-feira (2) a assessoria de imprensa revelou que a viagem inclui um encontro com o próprio Lula.
O governo Biden quer se aproximar de Lula antes que tome posse
em 1º de janeiro de 2023, com o objetivo de assentar as bases para um bom
relacionamento entre os dois líderes, assim como fez o governo do republicano
George W. Bush (2001-2009) com o brasileiro na primeira vez que se tornou
presidente.
Naquela ocasião, Bush convidou Lula à Casa Branca em
dezembro de 2002, pouco antes da posse.
Embora Bush e Lula estivessem em polos opostos do espectro
ideológico, construíram um bom relacionamento pessoal que ajudou a melhorar as
relações bilaterais.
Lula revelou em entrevista coletiva na sexta-feira que pensa
em se encontrar com Biden ainda este mês. A visita deve acontecer entre 12 de
dezembro, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará sua diplomação
como próximo presidente, e antes de sua posse, marcada para 1º de janeiro.
Segundo Lula, a data será definida durante a visita a
Brasília de Sullivan e outros funcionários de alto escalão do governo
americano.
Sullivan também deve se reunir com o secretário especial de
Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, e com o senador Jaques Wagner, amigo
pessoal de Lula, informou a Casa Branca em comunicado nesta sexta-feira.
Além disso, se reunirá com a equipe do presidente Jair
Bolsonaro, mas a Casa Branca não citou um encontro com o próprio governante,
grande defensor do ex-presidente Donald Trump (2017-2021), a quem Biden
derrotou nas eleições de 2020.
Segundo a Casa Branca, os encontros de Sullivan com
autoridades brasileiras serão pautados por quatro temas: combate à mudança
climática, segurança alimentar, migração regional e promoção da diplomacia,
temas que Washington quer priorizar na relação bilateral.
Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a reconhecer a vitória de Lula sobre Bolsonaro em outubro deste ano. Lula e Biden, que já se conhecem de quando o americano era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), conversaram por telefone um dia após a confirmação da vitória do brasileiro, quando ambos já se comprometeram a trabalhar juntos.
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