Depois que a moeda do país despencou para uma mínima recorde, alimentando a inflação que já está quase quatro vezes acima da meta, o Banco Central do Chile anunciou planos para apoiar o peso. Depois do anúncio na noite de ontem, a moeda operava em alta de 5% nesta sexta-feira, 15.
Até setembro, a autoridade monetária vai injetar US$ 25 bilhões no sistema financeiro. Espera-se ainda a venda direta de até US$ 10 bilhões das reservas internacionais do país, além da oferta de contratos futuros de câmbio, em intervenções a serem realizadas a partir da semana que vem.
Antes da intervenção do Banco Central, o peso chileno chegou a ser negociado por apenas 1.060,40 por dólar. Hoje, contudo, um dólar estava custava 996 pesos.
Maior produtor de cobre do mundo e com uma economia muito dependente de exportações, o Chile sofre as consequências de uma queda nas cotações das commodities em meio à previsão de que EUA e países europeus possam entrar em recessão. As cotações do cobre estão no menor patamar dos últimos 20 anos.
O anúncio da intervenção veio após o ministro das Finanças, Mario Marcel, informar que o governo estuda maneiras de aliviar os efeitos sobre a moeda. A autoridade monetária subiu os juros em 0,75 ponto porcentual na quarta-feira 13, para 9,25% ao ano, o maior patamar desde 1998.
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