A China e a Rússia se uniram em uma crítica aos Estados Unidos, pela possível visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados, à Ilha de Taiwan.
Repetindo o tom de ameaça dos dias anteriores, a China disse, nesta terça-feira, 2, que os EUA pagariam o preço caso Pelosi desembarque em Taipé.
“Os Estados Unidos carregarão a responsabilidade e pagarão o preço por minar a soberania e a segurança da China”, disse à imprensa a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
Pelo Telegram, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou o país liderado por Joe Biden de desestabilizar o mundo. A declaração se assemelha à feita por Washington em relação à guerra na Ucrânia, desencadeada após invasão russa no território vizinho.
“Washington desestabiliza o mundo. Nem um único conflito solucionado nas últimas décadas, mas muitos provocados”, afirmou Zakharova.
A China considera Taiwan uma província que ainda não conseguiu ser reunificada ao restante do seu território desde o fim da guerra civil chinesa. Pequim cita reiteradamente a possibilidade de recuperar o território, inclusive pela força, se considerar necessário.
O governo chinês se opõe a qualquer iniciativa que conceda legitimidade internacional às autoridades taiwanesas e a qualquer contato oficial entre Taiwan e outros países. Na segunda-feira 1º, a China subiu o tom de seus avisos e disse que as Forças Armadas não “ficarão só olhando”, caso Nancy Pelosi vá a Taiwan.
Apesar de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter ido contra a visita de Pelosi, a Casa Branca condenou as ameaças.
“Não há motivos para Pequim transformar uma visita potencial, consistente com uma política de longo prazo dos EUA, em algum tipo de crise ou conflito, ou usá-la como pretexto para aumentar exercícios militares agressivos em torno do Estreito de Taiwan”, disse John Kirby, coordenador de comunicação do Conselho de Segurança Nacional.
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