Faltando cerca de duas semanas para o dia 31 de março, cresce a discussão em torno das comemorações que alguns clubes militares planejam para esta data. Apesar da rejeição do Ministro da Defesa e dos comandantes das Forças Armadas, membros do Clube Militar afirmam que não vão recuar. O assunto tem gerado grande polêmica e polarização de sentimentos, como mostra a análise de comentários feita por inteligência artificial na Revista Sociedade Militar.
Clubes militares reafirmam o direito de comemorar o que “bem entenderem”
Oficiais do Clube Militar afirmam que as instituições têm direito de comemorar o que “bem entenderem”, desde que isso seja aprovado pelos sócios. Porém, vale lembrar que esses clubes não possuem apenas associados na reserva remunerada, mas também uma parcela significativa de sócios que ainda estão no serviço ativo. Além disso, a página institucional do Exército Brasileiro incentiva os novos oficiais a se associarem ao Clube Militar. Mesmo com a recomendação do Ministério Público Federal em 2019 para que os militares não realizassem comemorações em alusão ao 31 de março de 1964, os clubes militares continuam firmes em sua posição.
Análise de comentários mostra polarização de sentimentos
Uma análise de inteligência artificial em cerca de 10% dos comentários da Revista Sociedade Militar em postagens sobre as comemorações do 31 de março revelou polarização de sentimentos em relação à decisão do Clube Militar em comemorar a data. Embora os comentários de aprovação e rejeição sejam relativamente equilibrados em quantidade, é possível perceber uma maior intensidade emocional nas críticas e rejeições, com comentários mais longos e expressivos. A decisão dos clubes militares em comemorar o dia 31 de março de 1964 é vista com maior desaprovação do que aprovação pelos leitores da revista.
As comemorações do 31 de março continuam gerando polêmica e divisão de opiniões. Enquanto membros do Clube Militar defendem o direito de comemorar livremente, há quem veja a homenagem a uma data histórica tão controversa como uma afronta à democracia e uma exaltação ao autoritarismo. O fato é que, apesar da recomendação do MPF em 2019, os clubes militares não recuaram em sua decisão e seguem firmes em sua posição. Resta saber se essas comemorações vão realmente acontecer, e qual será a reação da sociedade diante delas.